Alunos da Escola Nacional de Circo lutam contra a transferência da sede da escola para local ainda desconhecido

Bolsistas da Escola devem ter dedicação exclusiva, mas enfrentam atrasos nos pagamentos das bolsas de estudo

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Reprodução: Internet

A Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha (Enclo), na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro, corre o risco de ter as suas atividades transferidas para outro local. A informação foi dada pelo presidente da Funarte, Lamartine Barbosa Holanda, entidade que gere o espaço, nesta segunda-feira (2/03), aos colaboradores e funcionários da Escola cujos prédio e dependências deverão abrigar a burocracia da Funarte até 2023. Referência no ensino da arte circense na América Latina e no mundo desde 1982, a Escola tem 60 alunos, sendo 10 estrangeiros, e está fechada desde o início da pandemia. Ainda não há previsão de quando as atividades serão retomadas na instituição.

Os bolsistas da Enclo, que se dedicam em tempo integral ao curso técnico que é reconhecido pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), também passam por problemas financeiros graças aos atrasos nos pagamentos das bolsas de estudo.

As mudanças na Escola Nacional de Circo começaram em 2020, quando o então presidente da instituição, Carlos Eugênio Vianna, foi exonerado do cargo e substituído pela produtora cultural, Luciana Lago. Na época, o secretário especial de Cultura, Mario Frias chegou a dizer em sua conta no twitter que a instituição passaria por uma revitalização. “Faremos de tudo para que esse espaço sagrado de beleza e diversão seja mantido para as nossas famílias”, afirmou Frias. Ainda em dezembro, a lona da Escola foi retirada do local sob a alegação de que uma obra seria realizada no espaço.

O ex-presidente Carlos Eugênio Vianna havia implementado a Educação a Distância (EaD), através da qual seriam ministradas duas semanas de aulas de dança e uma de preparo físico pela manhã. As aulas, no entanto, foram canceladas, no dia 2 de junho e os professores suspensos. Luciana Lago chegou a se reunir com os alunos, mas depois ficou 1 mês sem falar com eles. Ela também não entrou em contato com nenhum professor terceirizado, segundo relatos de alunos.

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A Funarte respondeu por meio de nota que a Escola Nacional de Circo não será a sede administrativa da instituição, que hoje funciona no Edifício Teleporto, no Centro. A burocracia da Fundação ocupará, na realidade, as salas do prédio do Teatro Glauce Rocha, na Av. Rio Branco. A Funarte comunicou ainda que dialoga com outros circos da cidade para a realização de algumas das aulas práticas neste primeiro semestre, após a instalação da nova lona da escola e quando as atividades retornarem integralmente à sede. Sobre a aulas virtuais, ela comunicou ainda que,  devido as especificidades do ensino das artes circenses, o ensino virtual se torna difícil e que a Direção do Centro de Artes Cênicas avalia o retorno das aulas presenciais ainda neste primeiro semestre, respeitando todos os protocolos de segurança relacionados à pandemia. A Funarte adiantou ainda que está empenhada em regularizar o pagamento dos bolsistas o mais rapidamente possível.

Artistas, alunos e ex-alunos da escola iniciaram a campanha Enclo Fica, através de um abaixo-assinado onde são reivindicados a manutenção da escola na Praça da Bandeira, a integridade das instalações na sua função original e garantia do caráter público da escola. Mais de 2.500 pessoas já assinaram o documento. Os alunos também conseguiram marcar uma reunião com a Funarte para esta quarta-feira, (03/02).

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