Amendoeira de 70 corre risco de morte na boêmia Vila Isabel

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Amendoeira / Reprodução: Internet

Moradores rua Visconde de Santa Isabel, em Vila Isabel, na Zona Norte, do Rio de Janeiro, estão indignados. Uma amendoeira de copa frondosa, 16 metros de altura e aproximadamente 70 anos de existência está nos planos de execução da Comlurb.

A Companhia que, realiza as podas quando solicitada, tem recebido reclamações de que a árvore setentona é um sujismunda inveterada por soltar folhas indiscriminadamente. A árvore, no entanto, é um refúgio para os animais silvestres da tão mal tratada mata da região. A amendoeira é morada para diversas aves, micos, gambas, além dos não muito bonitos morcegos. Mas vamos lá, eles também merecem viver e ter um teto.

Uma moradora da região, Renata Ratto, sensibilizada com a possibilidade do destino trágico da amendoeira, criou uma petição no site Avaaz.org solicitando clemência à Fundação Parques e Jardins para que a velha, frondosa e boa amendoeira seja poupada da sanha da serra elétrica, que tem dizimado as árvores da Zona Norte, deixando moradores sem o direito a uma única sombra e sob um calor infernal.

Na petição, Renata ressalta a falta de consciência das pessoas quanto à natureza vivente na mancha urbana. “Muitas pessoas simplesmente não veem as árvores da cidade. Têm uma visão distorcida de que tudo é uma massa verde única. Se você pergunta sobre meio ambiente, elas dizem que apoiam, que é fundamental preservar. Morrem de pena quando assistem às imagens da Floresta Amazônica pegando fogo, mas não se importam de cortar uma árvore na frente de suas casas”.

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Quem não mora na Zona Norte ou lugares menores, talvez não entenda a relação dos seus moradores com o seu meio. “Muitas das árvores da nossa rua foram plantadas pelos próprios moradores, tendo valor sentimental para todos nós”, nos fala Renata sobre essa sensível relação. Isso torna o apelo pelas vidas das árvores locais mais dramático. Existem árvores doentes, existem árvores cujas raízes destroem as calçadas, mas daí a sair dizimando tudo, vai uma certa distância.

São necessárias 300 assinaturas para salvar a amendoeira setentona de Vila Isabel, 204 pessoas já assinaram a petição. Ser der sorte, a nossa amiga terá mais um ano pela frente. Se der azar, cairá, como muitos caíram no atual cenário devastado pela dor e pela falta de empatia.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Chega a ser o cúmulo da ignorância, da burrice e da maldade também, justificar a remoção de uma árvore, pq suas folhas/flores “sujam” as ruas. Sujeira é o que nós seres humanos produzimos e jogamos na natureza (plástico, papel, vidro e etc…). Pior é um órgão aceitar um pedido desse como algo legítimo pra se cortar uma árvore.

  2. Enquanto isso, aguardo desde 2011, a poda pela COMLURB, de uma amendoeira na Rua Raja Gabaglia (Grajaú), por falta de atendimento da LIGHT às notificações da COMLURB, devido a existência de rede de alta tensão no local.
    A LIGHT precisa desligar a energia para a segurança dos profissionais que realizarão a poda.
    Minha próxima reclamação será ao Ministério Público do Município do Rio de Janeiro.
    O pedido de poda vai completa 10 anos esse ano.

  3. Na praça do Índio (Cuauhtemoque ou Cuauhtemoc) no bairro Flamengo, foram duas árvores derrubadas sem pena.
    Ano passado elas com suas folhas traziam sombra. Já no período da estação do ano quando perdia as folhas ficavam “nuas”… era lindo ver os pássaros pulando de galho em galho, e outros promovendo cantaria.
    Não duvido que quem tenha pedido para cortá-las foi quem administra a bike Itaú que tem uma estação logo ali debaixo das árvores, em prejuízo da captação da energia solar da unidade, ou sujasse os assentos, ou alguém que reclamasse das folhas, ou, ainda uma poda assassina tenha causado prejuízos e a árvore estivesse definhando, ou a má conservação mesmo… essa cidade passou 4 anos abandonada.

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