Andréa Nakane: Alto astral carioca tem nome e sobrenome

Colunista do DIÁRIO DO RIO conversou com Milton Cunha, um carioca de coração e alma, que se tornou um dos mais icônicos personagens do Carnaval

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Milton Reis da Cunha Júnior, conhecido apenas como Milton Cunha, 59 anos, é natural do Pará, mas é considerado um carioca de coração e alma, pois na cidade ganhou notoriedade, conquistou títulos, incluindo acadêmicos, é mestre e doutor, e tornou-se um dos mais icônicos e divertidos personagens da maior festa popular do Brasil, e uma das maiores do mundo, o Carnaval.

Com passagens como gestor da criatividade, ou, como antigamente se identificava, carnavalesco, Milton Cunha deixou seu nome registrado em escolas de samba como Beija Flor, Viradouro, São Clemente, Unidos da Tijuca, Porto de Pedra e até mesmo foi além da Dutra em sua vivência em São Paulo, na Leandros de Itaquera.

Sua maior projeção popular ocorreu justamente quando ele saiu dos bastidores das escolas de samba e das ambiências dos shows artísticos como cenógrafo e foi atuar como comentarista do universo do Carnaval em grandes redes de televisão.

O sucesso de Milton Cunha foi tanto, que em sua atual emissora, a TV Globo, na qual já está initerruptamente há quase oito anos, ganhou novos desafios e começou a realizar matérias extras, além das pontuais no período de Momo.

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Em fevereiro de 2015, Milton Cunha lançou pela Editora Senac/São Paulo o livro “Carnaval é Cultura, poética e técnica no fazer Escola de Samba”.

E agora em 2021, somos brindados com sua mais nova obra, Viva e aproveite – O primeiro ano do resto de nossas vidas , que teve seu processo gestacional no momento de maior isolamento da pandemia que nos atingiu à partir de 2020.

O mais recente livro de Milton Cunha compila textos que o autor vem apresentando  em suas redes sociais, que contam com mais de 4 milhões de seguidores. Esse material recebeu um tratamento editorial primoroso, organizado pela Faro Editorial, formatado no estilo de crônicas, que versam – em suas 224 páginas – sobre temas como: amor, amizade, família, autoestima, perda, paixão, entre outros.

“Eu chamo esse trabalho de textos do Bem Viver… textos para o Bem Viver e representam mensagens que fazem as pessoas pensarem sobre a qualidade individual, como é que você encontra a sua luz, o seu propósito na vida. Uma verdadeira imersão em si na busca de soluções para o dilema da dificuldade de viver em tempos tão difíceis, sobretudo pós pandemia.” anuncia Milton Cunha.

O livro contou com uma parceria de pura irmandade e admiração recíproca, com o irmão artista plástico, Marcelo de César, que já foi personagem em nossa coluna de 04 de Junho de 2021.

“Eu sou fã dos personagens do Marcelo há muitos anos, eu o acompanho e sempre me interessei em algum dia utilizar desse verdadeiro encantamento oriundo da atmosfera criada por ele, retratada por rostos profundos diluídos que surgem e nos emocionam… eu sabia que a hora de ligar meus textos ao trabalho dele chegaria.”, revela Milton Cunha.

As aquarelas de Marcelo de César sintonizam-se plenamente e realçam, ainda mais, a beleza da obra, gerando maior impacto e enaltecendo a visão dos leitores, que dispõem de uma produção editorial colorida e de capa dura, que já denota sua riqueza de conteúdo e sensibilidade de uma poesia popular, que alinha-se à uma sabedoria realística e uma sagaz intencionalidade de ser um apoio reflexivo e carinhoso.

Milton Cunha, que atualmente investe em atividades de dois estágios de pós-doutoramento, um em História da Arte pela Escola de Belas Artes e outro em Narrativas Culturais pelo Fórum de Ciência e Cultura – Museu Nacional, também na UFRJ, faz do seu discurso, sua própria fala, demonstrando que “Ser forte não é ser imune a dor; é seguir adiante, apesar de senti-la.”

E convida à todos nós, para seguirmos juntos nessa jornada. O lançamento oficial do livro Viva e aproveite – O primeiro ano do resto de nossas vidas acontecerá agora, em Novembro próximo, porém já é possível encomendar diretamente com o autor o seu exemplar, com direito a dedicatória personalizada. Para isso basta enviar um email para: livromilton@gmail.com

O brilho natural, o estilo descontraído, de bem com a vida, guerreiro, estudioso e companheiro de Milton Cunha tornou-se alvo de muitos reconhecimentos e até inspiração para muitos cariocas, que creditam com todo louvor, que ele é um de nós, afinal ser carioca não é ter apenas no RG, a localidade natural de seu nascimento, é muito mais que isso… e ele define apoteoticamente isso:

“ A identidade carioca é a simpatia, o jeitinho e o afeto… e é nesse afeto que nós estrangeiros, nos inscrevemos… há tanto afeto humano, no sentido de venha sorrir com a gente, venha dançar com a gente, venha celebrar. O carioca, a cidade, o espírito carioca é um convite a juntar, misturar todo mundo junto, misturado, embolado. Então, nós, os festivos estrangeiros, nascidos em outro lugar, a gente vem pra cá e tem a certeza de que aqui é a nossa praia, nossa turma, nossa gente, porque você nasce em lugares que você olha e diz não pertenço a essa enfermaria… a minha enfermaria é o jeitinho carioca!” declara, terminando com uma sonora e deliciosa gargalhada à la Milton Cunha.

Não há o que contestar, Milton Cunha é um verdadeiro carioca, que em diversos momentos, colabora para que todos nós, outros cariocas, jamais nos esqueçamos dessa nossa característica tão resiliente, tão mágica e sedutora, que denota a força de um povo unido pelo alto astral e que tem a certeza que nada se acaba depois da quarta-feira de cinzas.

Pelo contrário!

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.
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