Anúncio de vendas de imóveis da União no Rio de Janeiro tem repercussão negativa

A proposta mais criticada é a venda do Palácio Gustavo Campanema, que fica no Centro da cidade

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Na última semana, foram anunciadas as vendas de 2.263 imóveis que pertencem à União e estão localizados no Rio de Janeiro. Entre eles estão o Palácio Capanema, o Edifício A Noite e a antiga sede da RFFSA.

A notícia não repercutiu bem. Sobretudo em relação ao Palácio Gustavo Campanema. Desde que a informação passou a circular foram muitas as críticas. O deputado estadual Eliomar Coelho, do Psol, fala até em ação na Justiça. 

“Como presidente da Comissão de Cultura da Alerj vou propor aos outros deputados que compõem o grupo, que entremos com uma ação no Ministério Público Federal contra a venda, não só do Palácio Capanema, mas também de outros prédios do patrimônio histórico”, disse Eliomar.

De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, André Ceciliano, presidente da Alerj, se reuniu com instituições, nesta segunda-feira, 16/08, para barrar a venda do Palácio Capanema.

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“Torcemos para que o Governo Federal reveja essa decisão equivocada ou, no mínimo, que os congressistas fluminenses atentem para essa grave lesão ao patrimônio cultural da cidade e consigam reverter a situação, excluindo o Palácio Gustavo Capanema do lote de imóveis à venda”, destaca o arquiteto e urbanista Guilherme Fonseca.

O Palácio Capanema, finalizado em 1947, durante a Era Vargas, historicamente abrigou instituições ligadas à cultura e educação, como o próprio MEC (Ministério da Educação e Cultura).  

Projetado por uma equipe composta por Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira, além do paisagista Roberto Burle Marx, com a consultoria do arquiteto franco-suíço Le Corbusier, o prédio é considerado um marco da arquitetura.

“Em um esforço de valorização dos símbolos da cultura nacional, o governo federal põe à venda a sede histórica do MEC no Rio, o Palácio Gustavo Capanema, ícone mundial da arquitetura modernista. Vamos correndo para o tempo da colônia, porque nem do Império é”, opinou o cientista político Christian Lynch.

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10 COMENTÁRIOS

  1. Tomara que esse ícone mundial da arquitetura modernista seja preservado. Valorizar a arquitetura e o urbanismo do Rio vai ajudar em sua revitalização.

  2. O edifício A noite está realmente às escuras. Completamente abandonado. Fixo imaginando um hotel cassino ali. Ficaria espetacular.
    Aos que estão reclamando da venda que assumam os edifícios.
    São elefantes brancos.
    Estão abandonados…
    Isso atrapalha a revitalização do centro da cidade.
    Aos que reclamam quanto ao aspecto cultural, o museu do amanhã vem dando certo.
    Vamos evoluir…

    • Exatamente! Aliás, que vendam logo este A Noite porque ele destoa da área onde se encontra – área que precisa de injeção de ânimo e não de um caixote morto. Ainda que vendam barato, será melhor pro RJ. Que haja atividade econômica!

  3. Só um maluco pode achar ruim que o Governo Federal venda tudo isso. Governos gerem malíssimo o patrimônio. É um MILAGRE que o Governo Federal tenha conseguido montar uma lista de ativos e organizá-los para um certame. Gente, esses imóveis estão hoje fora do comércio, gerando NADA pra sociedade: ao contrário, criam custos e caem aos pedaços! Uma vez vendidos, haverá alguém que fará negócios com eles, negócios que o RJ tanto precisa para sair da lama que estamos.

    MENOS GOVERNO, MAIS INICIATIVA PRIVADA.

  4. Realmente, esse desgoverno mostra seu desprezo para Educação e, principalmente, a Cultura dos brasileiros. Quanto mais ignorantes for a população, mais “acabrestada” será. O Palácio Capanema não merece que o Brasil tenha sua História depredada!

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