Apenas 19% das calçadas do RJ não têm obstáculos, aponta IBGE

Pesquisa do IBGE mostra que apenas 19% das calçadas no RJ estão livres de obstáculos e só 12% têm rampas para cadeirantes, abaixo da média nacional.

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios do Censo Demográfico 2022, divulgada nesta quinta-feira (17/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um quadro preocupante sobre a infraestrutura urbana do estado do Rio de Janeiro. Apenas 19,2% das calçadas no estado estão livres de obstáculos, como buracos, desníveis, postes ou vegetação que invade o espaço dos pedestres.

Apesar de estar ligeiramente acima da média nacional, de 18,8%, o Rio ocupa a 9ª posição entre os estados brasileiros no ranking de qualidade das calçadas. Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso lideram com os maiores percentuais de vias acessíveis.

Outro dado alarmante é a baixa presença de rampas para cadeirantes: somente 12% das calçadas no Rio possuem o recurso, ficando abaixo da média nacional de 15,2% e ocupando a 17ª colocação no ranking. Mato Grosso do Sul (41,1%) e Paraná (37,3%) lideram nesse quesito.

De acordo com os pesquisadores do IBGE, foram desconsideradas rampas de acesso a edifícios, garagens ou rebaixamentos de meio-fio não destinados a pedestres. A presença de rampas é exigida por lei desde 2000, conforme a Lei da Acessibilidade, e considerada fundamental para garantir o deslocamento seguro de pessoas com mobilidade reduzida.

Além da acessibilidade, o levantamento mostrou outros aspectos da infraestrutura urbana do estado:

  • 79,4% das ruas do RJ contam com calçadas ou passeios, índice abaixo da média nacional (84%).
  • 83,1% dos moradores residem em vias com capacidade para ônibus ou caminhão, contra 90,8% no Brasil.
  • Na capital, esse número é ainda menor: 81,7% das vias permitem a circulação desses veículos.
  • A arborização nas ruas onde vivem os moradores é de 62%, inferior à média nacional de 66%. Na capital, a proporção cai para 37,8%, uma das mais baixas do país.
  • A iluminação pública atinge 96,6% dos domicílios, número próximo da média nacional de 97,5%.

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