O tradicional restaurante La Fiorentina, um famoso ponto de encontro no Leme e tombado pela Prefeitura do Rio como patrimônio imaterial da cidade, foi despejado na tarde de quarta-feira, (08/02), por conta de uma dívida de quase R$10 milhões com o Banco Cédula, que vinha sendo cobrada há anos.
A ordem de despejo foi concedida pela 4ª Vara Cível do Rio de Janeiro. A juíza Fernanda Galliza do Amaral decidiu, após o La Fiorentina ter mais um recurso negado, o esvaziamento do imóvel em um prazo de 24 horas.
Vale lembrar que a disputa envolvendo o La Fiorentina não é de hoje. Os proprietários do imóvel pegaram um empréstimo com o banco, dando como garantia o icônico espaço de 408 metros quadrados na Avenida Atlântica. Como o empréstimo não foi pago, o espaço foi a leilão e, após, ajuizada ação de despejo. Apesar do pregão, os proprietários do La Fiorentina recorreram da ordem de despejo. No entanto, um mandado de segurança para manter o restaurante em funcionamento foi negado.
O advogado Alexandre Serpa Pinto, representante da empresa de Delorme Lima, que administra o restaurante, disse, ao jornal O Globo, que espera que o cenário mude e que a Justiça reveja a decisão. “A dívida é antiga e existe uma negociação. O imóvel e a marca são alugados, e tudo o que está dentro do restaurante foi comprado pela DCL”.
O La Fiorentina foi fundado em 1957, e suas paredes contam com mais de 3 mil assinaturas e fotografias de celebridades, como Pelé, Zico, Nara Leão e Ricardo Boechat. O painel foi refeito após um grande incêndio. O local também foi um importante centro de divulgação cultural, tendo realizado peças de teatro, shows e outros eventos sociais relevantes. O restaurante possui uma famosa decoração, além das pilastras autografadas por grandes celebridades do Brasil e mundo; a loja também coleciona quadros com fotografias antigas e raras da cena artística carioca, além das estátuas dos leões na porta, com as mesas no famoso calçadão do Leme.
O imóvel possuía também dívidas de condomínio e IPTU.
Destarte o caráter de quem administrava, a Fiorentina fazia parte da vida cultural do Rio de Janeiro. Meu filho hoje com 26 anos cresceu correndo entre aquelas mesas por onde passou a nata da cultura carioca. Lamentável.
Todos deveriam saber a verdade por trás dos fatos. O verdadeiro dono dessa DÍVIDA se chama Omar Peres. O Catito. Uma dívida que nunca seria paga já que o mesmo está em seu novo empreendimento em Vassouras; Um hotel fazenda aonde existem várias outras histórias. Móveis do “Novo” Hippopótamus, “CARI CLUBE”, que também foi a falência por dívidas em aberto e rescisões de funcionários que lá trabalhavam. Eles hj reformulam o ambiente.
“BAR LAGOA” Também um icônico bar e restaurante. Situado na Lagoa ele obviamente também se afunda em dívidas. Funcionários passaram a trabalhar dois meses para receber um ordenado. Fornecedores levam calotes atrás de calotes.
“JORNAL DO BRASIL ” entre outros empreendimentos que esse “Figurão do Calote” Tinha em nome de terceiros entre netos e outros familiares. O La Fiorentina. Tem história sim. Mas por trás disso tudo tem outras mil histórias
de funcionários, famílias que até hoje não viram a cor do tostão de seus direitos trabalhistas. Gravem o nome “Omar Peres” . Ele sim pode explicar o que aconteceu..
Marcel !!! Quem sabe nesse lugar poderia ser a sede do partido comunista , PT , seus puxadinhos STF do crime e outros não teriam e fim , adorava jantar ou comer uma pizza maravilhosa na fiorentina vou sentir saudades
Rio de janeiro sendo destruído das nossas vidas , enfim fiquem vendo jogos de futebol nos botecos da vida e gritando boi livre
O bom e velho caloteiro. E preocupação zero com segurança. Incêndio? Restaurar painel com assinaturas? O Barroco em ouro preto tinha um painel assim. E daí? Me poupem, falta sustância nessas matérias, vivem de resmungos e “no meu tempo era melhor”.
Muito triste e irreversível tudo isso. Um lugar caracteristicamente carioca e ponto de encontro de muitas pessoas. Eu comia lá. Fascinante tempo e muitas lembranças.
Muito triste e irreversível tudo isso. Um lugar caracteristicamente carioca e ponto de encontro de muitas pessoas. Eu comia lá. Fascinante tempo e muitas lembranças.
Que pena! Um local que faz parte da história do RJ. Tal aqui o Lamas, O Rio Minho, O Shirley, Albamar, Bar Luis, Bar Lagoa, Nova Capela… e o recém fechado A Polonesa, com seu suflê de chocolate DELICIOSO!!! E tantos outros.
Locais que toda pessoa com um mínimo de cultura e carioca conhecem. E bom paladar, óbvio.
Ser empresário no Brasil é mto difícil. O rapaz da pipoca da pracinha, a vendinha do seu Zé… Gera-se emprego, paga-se muitas taxas, sem qq incentivo do governo. Aliás, seu maior sócio, independente de quem governa.
Fico triste, pq é um pedaço da história e que tem tantas histórias que não mais teremos p desfrutar, nem para contar aos nossos filhos, netos.
O Rio perdendo sua história.
Uma pena. Esse local sempre fez partes das minhas melhores lembranças…???
Não é porque o restaurante é histórico e conta com a boa vontade dos artistas que deve ser tratado de forma diferenciada. Esse fiorentina NÃO é diferente da quitanda em Ricardo de Albuquerque. Ninguém tem pena do pequeno, do suburbano, do negócio que luta de sol a sol pelo sustento.
Fiorentina: arrume capital novo e volte para o jogo do mercado formalmente. Vá arrumar capital para pagar seus devedores! O Rio de Janeiro precisa de negócios que cumpram o combinado: usou o aluguel? pague o aluguel. Ou então aceite a decisão e vá embora. Outro negócio irá ocupar o seu lugar. A Casa da Mamãe, por exemplo, aproveitaria bem o local..
Mais um exemplo – e como estão ficando repetitivos – de empresários picaretas que lesam a própria empresa, dão calotes em meio mundo, acumulam fortunas pessoais, e saem ilesos. Se tiverem curiosidade, procurem se os donos de empresas falidas também estão falidos. Os donos do Banco Nacional estão falidos? Os donos da Mesbla? Os donos das Americanas? A ainda há os que defendem fervorosamente a iniciativa privada como pura, heroica, santificada…
Um dia aprenderemos.