Depois da desocupação da Uerj, ocorrida na última sexta-feira (20/09), a instituição de ensino superior deve retomar as aulas nesta terça-feira 24/09), quem garantiu foi a reitora da universidade, Gulnar Azevedo.
As atividades serão retomadas em meio a um cenário de destruição, com portas quebradas, vidros no chão, sinais de arrombamento, geladeira no chão e restos de comida, fruto da ocupação de dois meses promovida por estudantes.
A Polícia Civil realizou uma perícia no local e agora, a universidade vai analisar cada espaço, cada item, para contabilizar os danos e perdas ao patrimônio público.
Hoje, reitores, cinco pró-reitores e vários diretores de unidades administrativas e acadêmicas estiveram na universidade e viram pela primeira vez os prejuízos no prédio.
Em entrevista à rádio CBN, a reitora da UERJ, Gulnar Azevedo, lamentou as depredações e disse que a previsão é que as aulas voltem amanhã.
“É uma tristeza muito grande, uma universidade que sempre esteve aberta para todos. Foi um sentimento assim, poxa, por que fazer desse jeito? Agora nós estamos fazendo, iniciando a investigação do patrimônio para ver o que foi danificado, o que foi perdido e vamos ter que recuperar tudo isso. Hoje à tarde a gente já vai começar a limpar para que as aulas comecem o mais rápido possível aqui. A gente está trabalhando bastante para que de tarde e amanhã a gente já consiga iniciar as aulas, para não perder mais tempo”, declarou.
Na sexta-feira a Justiça determinou que Polícia Militar entrasse no local e liberasse o espaço, com autorização para uso da força. Na ação, o deputado federal Glauber Braga e três estudantes foram presos. Todos foram conduzidos à delegacia e liberados no mesmo dia.
A ocupação da UERJ começou no dia 26 de julho, quando estudantes ocuparam a reitoria da universidade. Os manifestantes protestavam contra o corte e a redução de benefícios estudantis.
Nesses dois meses de negociação, a Bolsa Auxílio foi revisada e ficou definido que o benefício vai contemplar quem tem renda familiar de meio salário até um salário mínimo e meio, com pagamento de 500 reais de bolsa de transição, 300 reais de auxílio-transporte; e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação de 300 reais nos campi sem restaurante.
Nesta tarde a universidade vai começar a limpeza do local. A previsão é que amanhã, as aulas sejam retomadas.
A UERJ abriu uma sindicância interna para responsabilizar as pessoas que depredaram a universidade.