Presa na última sexta-feira (13/08) em sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, cerca de 48 horas após perder o foro privilegiado, a ex-deputada federal Flordelis passou por uma audiência de custódia neste sábado (14/08) no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da capital fluminense, e, depois de ter sua detenção preventiva confirmada, será encaminhada ao Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Flordelis ficará detida em uma cela comum, uma vez que o diploma apresentado por sua defesa, de um curso de Teologia, não é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e, por isso, não dá direito ao encarceramento especial.
Para a advogada Janira Rocha, responsável por defender Flordelis no caso e que acompanhou a audiência de custódia, a prisão de sua cliente é ”injusta e punitivista”. ”Há uma injustiça, na medida que não existe contemporaneidade nos fatos que justifique essa prisão. Não existe risco de fuga, ela estava monitorada por tornozeleira, ou seja, uma série de condições que daria a liberdade. Mas uma visão mais punitivista vigorou. Vamos regularmente, dentro dos autos, aguardar o posicionamento do Tribunal Superior. Nós fizemos a suspeição, está no tribunal. Estamos aguardando a instrução desse processo”, disse.
Vale lembrar que a ex-deputada é acusada de ter mandado matar seu ex-marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado na porta de casa em 16 de junho de 2019. Ela, porém, nega que tenha participação no crime.
Via redes sociais momentos de ser detida, Flordelis pediu orações a seus seguidores: ”Chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que não fiz, por algo que não pratiquei. Estou indo com a força de vocês. Orem por mim. Orem, orem. (Façam) uma corrente de oração na internet. Busquem a Deus”, publicou.