Archimedes Memoria

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Palácio Tiradentes por Bruno Fontes Se nós somos capazes de esquecer coisas recentes da história carioca, ou vocês conseguem se lembrar da Barra 20 anos atrás? Imagine de algumas pessoas que fizeram o Rio de Janeiro mas já faleceram há quase 50 anos? É o caso de Archimedes Memoria, e todos devem ter falado: : “Quem?”.

 

Foi um arquiteto nascido no Ceará e que mudou para o Rio com 18 anos para estudar nas Escola Nacional de Belas Artes. E é dele o projeto de muitos pontos do Rio de Janeiro. Como:

  1. Palácio Pedro Ernesto (Câmara dos Vereadores)
  2. Sede do Hipódromo da Gávea, o Jockey Club
  3. Sede do Botafogo
  4. Museu Histórico Nacional
  5. Igreja de Santa Teresinha no Túnel Novo
  6. Rio Cassino, no Passei Público
  7. Altar Mór da Igreja da Candelária
  8. Palácio Tiradentes, sede da ALERJ

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Memoria também participou de um momento de disputa no concurso para anteprojeto da sede do Ministério da Educação e Saúde – MES, que acabou sendo feito por Lucio Costa, Niemeyer e outros. Veja só:

O projeto vencedor, de Memória, é marcado pela simetria, composição em planos escalonados, contraste entre linhas horizontais e verticais, com ênfase nestas últimas, predominância de cheios sobre vazios e a utilização de elementos decorativos inspirados nos motivos geométricos da cerâmica indígena da Ilha de Marajó. O projeto, entretanto, realizado num concurso cujo objetivo é dar forma à ação civilizadora daquele ministério não entusiasma alguns membros do júri, entre eles Batalha e Palladini, que o consideram inadequado para o programa a que se destina. Capanema, por sua vez, decepcionado com o resultado encomenda pareceres sobre o projeto ao ministro Maurício Nabuco (1881 – 1979), ao engenheiro Fernando Saturnino de Brito (1914 – 196-) e ao inspetor de engenharia sanitária do MES, Domingos da Silva Cunha, que também o desaprovam. Fundamentado nesses pareceres, Capanema paga a premiação a Memória e solicita uma autorização ao presidente Getúlio Vargas (1882 – 1954) para contratar Lucio Costa para o desenvolvimento de um novo projeto, que é realizado por Carlos Leão, Reidy, Jorge Moreira, Ernani Vasconcellos (1909 – 1988) e Oscar Niemeyer (1907), com a colaboração de Le Corbusier (1887 – 1965). Diante dessa reviravolta, Memória escreve, em vão, uma carta ao presidente Vargas, acusando de comunistas esse arquitetos, que afinal conseguem vincular suas propostas ao governo, naquele que é o principal responsável por traçar as novas diretrizes culturais da nação, o Ministério da Educação e Saúde.

Fica meus parabéns ao deputado estadual, João Pedro, pela proposta de homenagear “post mortem” com o título de cidadão do Estado do Rio de Janeiro este arquiteto que desenhou alguns dos cartões postais de nossa cidade.

 

Leia mais sobre Archimedes Memoria no Itaú Cultural e no blog de seu neto, Ignez Ferraz.

 

Foto: Palácio Tiradentes por Bruno Fontes

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