As incongruências do mundo dos eventos

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Foto: Reprodução/Internet

A cada dia que passa, nos damos conta que eventos devidamente planejados, com nichos de mercados previamente encontrados e estratégias de marketing definidas, podem contribuir para cidades receptoras. No entanto, não é o que temos visto. Autoridades governamentais, por exemplo, resolvem ressuscitar eventos em seus primeiros meses de gestão como forma de preencher um vácuo de falta de uma política específica, com metas mensuráveis.

É bom lembrar que o Brasil é um dos países que mais eventos promocionais desenvolve, sobretudo através de associações de classe, que vêm perdendo importância e eficácia, mantendo os mesmos formatos e vivendo basicamente de venda de stands para entes governamentais, que aderem sem nenhum estudo da eficácia da participação. São gastos altíssimos em criação, montagem, operação e comemorações de prêmios de criatividade. Sente-se que paramos no tempo e que precisamos rever nosso ‘modus operandi’ nos eventos com urgência.

Por outro lado, verificamos duplicidade constante de eventos, às vezes proposital mas que acabam inibindo o processo de capacitação e reciclagem que eventos podem gerar nos colaboradores. Cada cidade precisa concentrar, por exemplo, em seus ‘conventions bureaux’, quando existentes, todas as informações de todo tipo de evento, para que sirvam de centrais de consulta quando da vontade de se lançar algo novo. Precisamos também atentar para empresas e entidades que criam eventos onde os patrocinadores são palestrantes e acabam fazendo divulgação de seus produtos no lugar de proporcionar discussão sobre temas que possam trazer respostas para problemas pontuais.

Outrossim, a criação de prêmios outorgados a anunciantes cria desvalorização do reconhecimento, fora quando são vendidos através de taxas de participação, que, segundo os organizadores, são apenas para cobrir os custos do evento de premiação. Não são poucos hoje os cases existentes.

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Faz-se necessário cada vez mais criar mecanismos para inibir que prefeituras desenvolvam com cachês altíssimos shows para o entretenimento da população que não atraem nenhum turista e que são gastos duvidosos nas políticas públicas.

Os calendários de eventos deveriam ser obrigatórios em todas as cidades para nortear a iniciativa privada e investidores. Trata-se de um instrumento que deve ser lançado sempre em março, pelo menos, para o ano vindouro. Enfim, notamos algumas incongruências que caso tornem-se pauta de discussão, trarão novos desafios, como também novas formas de viabilizar, de forma mais racional, o Turismo de Eventos.

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