A Praça Afonso Pena, um dos espaços mais tradicionais da Tijuca, foi alvo de mais um crime contra o patrimônio público. Na última semana, o busto do educador Alfredo de Paula Freitas foi furtado, junto com sua placa de identificação. O caso, denunciado por moradores, evidencia o crescimento do vandalismo e da degradação urbana na região.
Não é a primeira vez que a praça sofre esse tipo de ataque. O busto de Francisco de Paula Mayrink, também localizado no local, já teve peças furtadas em diferentes ocasiões.
História e importância do monumento
A escultura furtada era assinada pelo artista Benevenuto Berna e composta por um bloco de granito em formato de livro, com a efígie do homenageado em bronze, circundada por uma coroa de louros. Na base, estava gravada a inscrição:
“Alfredo de Paula Freitas, o Grande Educador, 8-10-1935”.
O historiador Rafael Mattoso destaca a relevância de preservar monumentos históricos:
“Monumentos como este são parte fundamental da memória da cidade e precisam ser preservados. A Praça Afonso Pena, com sua história desde o século XIX, tem sido alvo constante de vandalismo”.
Crescimento do vandalismo e preocupação dos moradores
Moradores da região relatam um cenário crescente de furtos e abandono. Além dos monumentos históricos, peças metálicas do mobiliário urbano também têm sido levadas. Para a arquiteta e urbanista Leila Marques, conselheira do CAU-RJ, a impunidade tem sido um fator decisivo para o avanço dessas ações.
“A ausência de fiscalização e punição aos responsáveis incentiva novos furtos. Esse tipo de crime precisa ser tratado com mais rigor”, alerta.
Posicionamento da Prefeitura
A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos informou que, ao registrar furtos e vandalismo contra monumentos, aciona as forças de segurança e providencia os reparos necessários. Segundo a pasta, em 2024, 40% do orçamento da Gerência de Monumentos foram destinados à recuperação de peças danificadas ou furtadas.
A prefeitura destaca que mantém um cronograma de limpeza e manutenção dos monumentos, mas o problema persiste devido à repetição dos ataques.