O Aterro Sanitário de Seropédica, na Baixada Fluminense, está recebendo obras de ampliação. Desde 2012. o complexo recebe boa parte do lixo produzido da capital flumiense e de municípios como Seropédica, Itaguaí, Mangaratiba, Piraí e Miguel Pereira.
A destinação correta deste lixo é uma das maiores preocupações dos ambientalistas, já que o lixo jogado em lugar errado polui o solo e os lençóis freáticos. Em função disso, o aterro sanitário precisa ter um controle extremo para proteger o solo.
Graças a tecnologia, o aterro produz biogás e água a partir das lagoas de chorume, que é o líquido escuro, resultado da decomposição da matéria orgânica.
O resíduo líquido passa por um pré-tratamento até ser transformado em água de reuso. Cerca de 80% da água utilizada no aterro é proveniente desse tratamento, tornando a operação praticamente autossuficiente. Os resíduos também viram energia para o aterro e para vender no mercado.
Lixões sem fiscalização
Enquanto isso, os lixões, que não têm nenhum tipo de controle de resíduos e são prejudiciais para o meio ambiente, deveriam ter sido extintos nos municípios com mais de 50 mil habitantes desde agosto de 2023.
No entanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os lixões ainda existem em pelo menos uma de cada cinco grandes cidades brasileiras. Devido a isso, centros de tratamento como o de Seropédica se tornam fundamentais.
As obras no local começaram no fim de 2024. O BNDES concedeu uma linha de crédito no valor de R$ 125 milhões, dos quais R$ 88 milhões são de recursos do Fundo do Clima e R$ 37,7 milhões da Linha de Saneamento.
Após a conclusão das obras, o Centro de Tratamento de Seropédica estará apto a receber 11,4 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Atualmente são 10 mil toneladas por dia.
Na obra de ampliação está prevista a construção de duas novas lagoas de armazenamento de chorume.