No mês da Consciência Negra, atriz apresenta monólogo que exalta história de personalidades negras

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Foto: Arquivo pessoal

Vanessa Mattos, atriz do Rio de Janeiro, apresentou, na última semana, em uma escola pública do Rio, um monólogo que fala sobre ações de pessoas negras.

“Minha inspirações para esse monólogo foram os artistas negros, cujas obras, nos mais diferentes âmbitos artísticos é ainda desconhecida de muitos, a população negra do país que busca pelo seu lugar de igualdade na sociedade e a mulher negra, empoderada, quem com sua voz dizendo ao mundo que não é menor do que ninguém, que é capaz, que é igual”, disse Vanessa.

De acordo com a atriz, esse trabalho é de uma Oficina de Teatro, composta por atores de maioria negra, que vem mostrar que uma sociedade pensante é constituída por pessoas que se respeitam e se unem para fazer o melhor.

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“Esse monólogo elaborado, especificamente, para levar esse pensamento de luta por igualdade à alunos de uma escola estadual no Rio Comprido na semana da Consciência Negra. Teria um enorme prazer em apresentá-lo para um público maior, para tocar principalmente ao povo negro que luta e ainda sofre com a discriminação no nosso país”, completou a atriz.

O monólogo de autoria de Vanessa Mattos

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Vanessa Mattos

Meus antepassados foram reis e rainhas.
Meus antepassados são guerreiros que venceram a morte nos porões de navios e humilhações nas senzalas e nas casas grandes.
Fico feliz por termos uma data para celebrarmos e fazer as pessoas refletirem sobre a importância do nosso povo e de suas batalhas.
Nosso povo cor de ébano, sangue quente e lutador.
Só que Dia da Consciência Negra é todo dia!
O tempo todo, nós negros, precisamos ter consciência da nossa importância e fazer valer nesse mundo aí fora.
Sou negra sim!
Sou mulher!
E meu lugar não é sendo humilhada, esculachada nem por patrão, nem por ninguém!
Salve Escrava Anastácia!
Sou preta e tenho voz, tenho ação e sei lutar!
Não sou menor do que ninguém, eu sou capaz, eu sou igual!
A luta dos meus antepassados é a luta do povo negro até hoje.
Ninguém aqui tem que servir por que é negro. Tem que lutar de igual pra igual.
Salve Dandara!
Sou mulher preta e vencedora.
Meu coração pulsa no ritmo dos tambores nos sambas de Leci Brandão. Vivo com meu sorriso aberto diante das desilusões, como cantava Jovelina Pérola Negra, com sua voz rouca. Eu balanço, mas não caio não!
Nossa voz ninguém cala! Nossas dores e nosso choro não podem ser abafados pelo mundo. Que a luta de Marielle continue presente em nossas ações, buscando igualdade diante das injustiças sentidas pelo nosso povo.
Odara!
Nossa luta é grande e constante. E Dia da Consciência Negra é todo dia!

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