Nesta quinta-feira (17/06), a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano, realizou a penúltima das Audiências Públicas Regionais para o processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável da cidade. Focado na Área de Planejamento 4 (AP4), que abrange Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Anil, Vargens e demais bairros da região, o encontro foi realizado no auditório da Fundação Cidade das Artes, mas também contou com participação online através de uma sala virtual no aplicativo Zoom e transmissão ao vivo pelo Youtube.
Representantes da sociedade civil organizada, técnicos municipais, autoridades locais e a população em geral debateram as propostas de zoneamento apresentadas pelo Poder Executivo, além dos desafios da AP4, tais como transporte público, preservação de áreas ambientais e crescimento de construções irregulares.
Para Talita Galhardo, subprefeita de Jacarepaguá, a participação popular no planejamento da cidade é essencial: “Esse é um dia muito importante porque a gente traz para o público o direito de se manifestar”.
Já o subprefeito da Barra da Tijuca, Raphael Lima, destacou a importância do trabalho da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano: “A criação da Secretaria de Planejamento Urbano possibilitou que espaços como esse, de trocas de ideias e discussão sobre a cidade, pudessem ocorrer”.
Sidney Teixeira, morador do Anil e voluntário do Movimento Revive Jacarepaguá, questionou as soluções propostas pelo Plano Diretor, enquanto ferramenta de controle, para inibir o crescimento de construções irregulares em áreas de preservação ambiental. “O Maciço da Tijuca, que possui uma vertente voltada para a planície de Jacarepaguá, é uma área que sofre muito com o crescente avanço de construções irregulares”.
O Secretário Municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, afirmou que é preocupação de toda a equipe técnica dar parâmetros que promovam proteção e que respeitem as características das áreas. “De uma maneira geral, esse é o grande desafio para a AP4, que já tem sido buscada e que a gente espera que aconteça, a partir desse Plano Diretor, que a gente possa trazer regramentos que fortaleçam os sistemas ambientais da área. Por outro lado, se a gente deseja e pretende coibir esse crescimento irregular, a gente também quer ofertar soluções habitacionais”.