José Leonídio lançou o livro Portais da Liberdade, primeira parte da série A Casa dos Deuses (que terá cinco volumes), fruto de 17 anos de pesquisa sobre a história do Rio de Janeiro entre os séculos XVI e XX.
“A escrita destes volumes iniciou-se depois de alguns anos de pesquisa, inclusive com viagens a França e a Portugal”, conta José Leonídio.
Portais da Liberdade corresponde ao século XVIII. A história, narrada como romance, tem a memória dos nativos tupinambás e a Guanabara como lugar sagrado.
O livro recebeu esse título por causa dos arco-íris que existiam em abundância na Guanabara do século em questão. Segundo o autor, foi por baixo deles, símbolos de continuidade e da permanência, que o navio negreiro trazendo Nla Eiye (Orixá Odé) entrou na Guanabara, mote para muitos capítulos desta história.
O autor tem previsão de publicação de Os guardiães, segundo livro da pentalogia – já concluído – ainda em 2019. Este romance, ambientado no século XIX, fundamenta-se na derrubada da Floresta da Tijuca pelos ingleses, para o plantio do café e a defesa intransigente de Ângelo e dos defensores da cultura Tupinambá na sua preservação. O leitor vai saber, por exemplo, como a epidemia de febre amarela que acometeu a cidade é associada ao agravo feito pelos ingleses a São Benedito na Procissão de Quarta-feira de Cinzas, tendo os moradores deixado o “Santo Pretinho” no adro da Igreja de Santo Antônio.
Antes de escrever o primeiro volume da pentalogia, José Leonídio publicou A Raposa do Cerrado, sobre a luta dos que vivem no semiárido nordestino, o cotidiano das cidades do sertão de Canudos. Entre outros, abordou os valores do sertanejo, sua religiosidade, diversidade cultural e coronelismo da política interiorana. O trabalho rendeu-lhe Menção Especial da União Brasileira de Escritores e Prêmio Érico Veríssimo, ambas em 2001.