Quando em 30 de setembro noticiamos aqui no DIÁRIO DO RIO que a construtora BAIT havia captado 180 milhões de reais no mercado financeiro – numa operação inovadora – para adquirir o terreno onde funcionou um dia o Bingo Arpoador, na rua Francisco Octaviano, que liga Ipanema a Copacabana, o mercado imobiliário ficou muito agitado. O terreno, adquirido por cerca de 230 milhões de reais, é enorme, e possibilitou a criação de dois grandes empreendimentos, o Canto do Rio e o Canto do Mar, que chegam a ter 5.000m2 de áreas de lazer, e um projeto de arquitetura arrojado.
Os empreendimentos são muito grandes, e, por sua localização extremamente privilegiada, têm valores bem expressivos. O Canto do Rio tem 163 unidades, e o exclusivo Canto do Mar, apenas 26. Mesmo com este desafio, a Construtora, que começou o pré-lançamento semana passada, em um stand majestoso cheio de recursos digitais, vendeu 90% das unidades em apenas 12 horas. “O que era um sonho audacioso, no meio de uma pandemia, se tornou um case de sucesso“, disse ao DIÁRIO um especialista conhecido do mercado imobiliário, não escondendo surpresa com a venda quase imediata dos apartamentos do Canto do Mar, cujos preços vão de 7,5 a 15 milhões de reais.
A poucos metros do tradicional Clube dos Marimbás e do badaladíssimo hotel Fairmont, os dois condomínios vão surgir num terreno que – poucos que passam por ali se dão conta – tem frente pro mar. Não é à toa que a rede de hotéis Windsor segurou o terreno tantos anos, visando erguer ali um hotel 6 estrelas. Mas a crise da indústria hoteleira veio e acabou servindo, ao menos, àqueles que sempre sonharam em morar num imóvel novinho debruçado sobre o marzão da cidade maravilhosa.
O sucesso do empreendimento da Bait era esperado pelos corretores, ainda que não imaginassem que seria tão rápido. Realmente, um lançamento da mesma incorporadora um pouco mais adiante, na Avenida Atlântica (o Atlântico Bait), onde ficava a velha casa de pedra, foi um “deus nos acuda”. Vendido a cerca de 35 mil reais por metro quadrado, as unidades da atlântica se esgotaram em poucos dias, num lançamento feito no pior momento da pandemia. “Este terreno do Arpoador é maior, a área de lazer é imensa, e a vista para o mar é inacreditavelmente linda, além de estar colado em Ipanema. Não haverá outro terreno que possibilite algo assim na região. É mesmo a última chance”, disse o corretor Bruno Cassarolla.
“A Bait realmente se consolida como a principal player do mercado imobiliário carioca, e uma das maiores do pais, conciliando a agilidade do mercado financeiro, com a boa arquitetura“, disse Lucy Dobbin, Superintendente da Sergio Castro Imóveis, tradicional empresa de venda de imóveis usados, em declaração ao DIÁRIO.
A empresa do CEO Henrique Blecher, que deu entrevista recente aqui, já vinha disputando terrenos e incorporações com grandes empresas de capital aberto, mais antigas e tradicionais no mercado do Rio de Janeiro, alcançando êxito, em alguns dos terrenos mais cobiçados da cidade. O Atlantico Bait, foi vendido em apenas 72 horas. O Forma Leblon, onde funcionava a Churrascaria Plataforma (ponto de encontro de Tom Jobim), vendeu em 48 horas. A Bait lançou também com sucesso o IVO, que vai ocupar o local onde está o prédio tombado da antiga Clínica Ivo Pitanguy (Botafogo), que será restaurada. E, para 2022, haverá um empreendimento que envolverá a recuperação do magnífico Palacete Modesto Leal, em Laranjeiras. “‘Esse é o pensamento da Bait: fazer uma ideia de casa diferente“, diz Blecher.