As históricas balaustradas, das poucas que restaram e que adornavam a Avenida Presidente Vargas, estão passando por um processo de revitalização bem interessante. Projetadas durante a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906), as estruturas fazem parte do conjunto de reformas urbanísticas que buscavam “afrancesar” a cidade, com a proposta de modernizar e embelezar o Centro do Rio no início do século XX. Atualmente, as estruturas estão sendo restauradas pela Secretaria de Conservação, com a entrega final prevista para após os desfiles do carnaval de 2025.
A gerência de monumentos da Secretaria de Conservação, sob a liderança do secretário Didi Vaz, realizou uma pesquisa iconográfica, analisando fotografias históricas para identificar o modelo original das balaustradas e garantir uma restauração fiel. As novas peças de concreto já começaram a ser instaladas em alguns trechos. Atualmente, essas peças de concreto só são encontradas nos pontilhões e travessias da via. Antes contornavam todo o Canal do Mangue.
O projeto abrange seis pontos, desde a Cidade Nova até a altura da Sapucaí, com destaque para as áreas próximas às arquibancadas populares, que receberão acabamentos e pintura finais após a desmontagem das estruturas de carnaval. As obras tiveram início no começo de fevereiro.
“O Carnaval vai passar pela Passarela do Samba, e o carioca também vai poder desfilar nesse conjunto histórico que temos em plena Avenida Presidente Vargas. Essa restauração não só vai preservar a memória da cidade, mas também vai dar aos cidadãos a oportunidade de vivenciar a história ao lado da festividade mais importante do Rio de Janeiro”, afirma Diego Vaz, secretário da Secretaria de Conservação.
Podiam recuperar a estrutura próximo a passarela do metro de São Cristóvão. O guarda corpos tem uma arquitetura belíssima, mas está degrada.
A verdade é que uma cidade histórica e com muito elementos arquitetônicos como o RJ precisaria de uma estrutura muito maior do que é a Secretaria de Conservação.
Seria necessário a contratação de pessoas qualificadíssimas e especializadas. Um “tião” não consegue dar conta de fazer uma obra com arquitetura tão singular.
O Corte de Gastos e austeridades, aliados à visão do prefeito de ocasião não permite que temos um órgão a altura do que essa área demanda.
Infelizmente perdemos a cada ano esses elementos históricas. Em um futuro breve restarão pouquíssimos conjuntos assim.
Atualmente a tendência é corte de gastos e arquitetura unicamente funcional e de barata manutenção. Não teremos conjuntos tão sofisticados e com personalidade em obras novas.