A recriação do Ministério da Segurança Pública será a pauta do encontro entre a bancada fluminense no Congresso Nacional e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na próxima quarta-feira (19).

Uma das participantes do evento, a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ressaltou que os “números da violência urbana no Rio estão cada vez mais assustadores”, disse Laura, que é ainda uma das coordenadoras da bancada fluminense.

O Instituto Fogo Cruzado divulgou, nesta semana, um relatório no qual apontou “uma explosão da violência armada” na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Somente em janeiro deste ano foram registradas 181 pessoas baleadas, sendo que 79 delas morreram em decorrência dos ferimentos.

Esse número cresceu 79% em relação aos 101 registrados há um ano. Ao passo que as mortes aumentaram em 36%.

Segundo o Fogo Cruzado, na comparação entre os meses de janeiro dos últimos nove anos, 2025 registrou recorde de vítimas de balas perdidas: 26, com sete falecimentos.

O número de pessoas baleados em roubos ou tentativas de roubo, registado este ano é o maior desde 2020, com 25 vítimas foram atingidas por disparos de armada de fogo e oito mortes.

No início de fevereiro deste ano, em apenas quatro dias, o Estado do Rio, registrou 798 roubos de carro – um aumento de 138% em relação ao ano anterior. A informação é da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Segundo as autoridades fluminenses, o total de carros roubados resulta em uma média de 200 ocorrências diárias. O ano 2024, já havia batido a média de mais de 90 casos por dia, o maior número dos últimos cinco anos.

A reunião com Ricardo Lewandowski e os congressistas fluminenses ocorre no âmbito da tramitação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional. A proposta de emenda constitucional visa criar um sistema e políticas públicas mais eficientes para o setor.

“Temos que garantir medidas que realmente mudanças o atual quadro de violência no Rio de Janeiro”, afirmou Laura Carneiro.

Pela proposta, a atual pasta deve ser desmembrada, com a manutenção do Ministério da Justiça e a recriação do Ministério da Segurança Pública, nos moldes do governo Michel Temer.

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