Bevilacqua: Rio do Sol, do Céu, do Mar e… do Blockchain

Carlos Bevilacqua, fundador da Kate Blockchain Solutions, fala sobre como o Rio de Janeiro irá se tornar o principal portão da América Latina para a nova revolução da economia

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Largo da Carioca, centro do Rio de Janeiro - RJ | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Nos últimos dias, o Rio de Janeiro foi procurado pela maior empresa cripto-financeira do mundo, a Binance, para ter aqui um novo lar para chamar dela. Como iniciativa do Prefeito Eduardo Paes e de seu então Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicao Bulhões, a Cidade Maravilhosa de tantas músicas enaltecidas irá se tornar o principal portão para a América Latina para esta nova revolução da economia. 

Em um dos locais mais borbulhantes e efervescentes para cripto-ativos, a Binance traz à tona do mar novamente a vocação da cidade em ser referência de trazer o glamour da inovação de forma criativa e ousada nesta nova onda revolucionária.

Crypto-ativos têm sido vistos como o futuro das finanças, e o Rio vem agressivamente se movendo para se tornar uma crypto-capital ao se tornar a primeira cidade brasileira a aceitar o Imposto de Propriedade Urbano ser pago em crypto-moedas. A visão da cidade do potencial deste mercado a tem catapultado para figurar no bastião das notícias inovadoras dos maiores blogs e jornais de tecnologias do mundo, como o Cointelegraph.

O entusiasmo do Rio em torno dos cripto ativos não está apenas nos aspectos econômicos, mas na capacidade reconhecida pela Prefeitura de que o povo carioca sabe enfrentar os riscos que toda inovação traz e torná-los em benefícios para impulsionar o país.

Um comitê municipal para cripto-investimentos está sendo criado por ele para criar as estratégias para alocação dos fundos que deverão ser injetados na crypto-economia. Parte substancial dos tesouros da cidade, aproximadamente 1%, serão alocados em moedas virtuais como Bitcoin. Nenhuma outra cidade no país ou na América Latina tomou decisões tão ousadas e corajosas.

Nos últimos anos, algo que surgiu apenas dos sonhos de alguns nerds ousados, e alguns pedaços de linha de código, hoje tornou- se um negócio sério, na casa de 3 trilhões de reais por dia. Deixando a fama de ser a “Sagrada Igreja Especulativa da CriptoMoeda” e se tornando instrumento real de financiamento para empresas mainstream.

Defis surgem como meio instantâneo para pagamento de recebíveis na medida de que atendem de forma quase instantânea a necessidade capilar de micro-pagamentos para micro e médias empresas em locais onde muitas vezes não há um agente bancário mainstream.

Os Securities Tokens traz a conexão da velocidade de liquidez do mundo digital com o mundo real dos títulos de propriedades, debêntures, capitalização de pequenas e médias empresas.

Tornar-se sócio investidor de uma empresa limitada no Brasil é uma tarefa de alto risco a ponto de estagnar a vida pessoal e financeira do indivíduo que se arrisca tanto. Nossa regulamentação não prevê este tipo de aporte, e inclui o investidor dentro dos mesmos riscos tributários/sociais/fiscais que o empreendedor sofre ao abrir o seu CNPJ. Este risco compartilhado atinge de forma permissiva a entrada de capital, ao aumentar o medo de quem investe entrar no empreendimento. Outros modelos menos intrusivos, com menos participação do investidor não permitem ele se desfazer do investimento em menos de seis meses (ou mais)!!!

Modelos menos arriscados ao investidor, onde reduzem sua participação em tais riscos e que permitem mais liquidez, como ações, estão restritos a uma pequena elite de super-empresas que podem pagar para emitir na Bolsa. A paulista B3 com quase R$15 Bilhões de reais negociados em média todos os dias apenas beneficia um pouco mais de 400 empresas do universo de 19 milhões de empresas no Brasil.

Entretanto, a capilaridade permitida pela nova economia com suas estruturas financeiras inovadoras tem o potencial de atingir pelo menos 20.000 empresas no Brasil. Com elas é possível uma pequena/média empresa com um bom projeto empresarial emitir “ações-tokens” securitizadas no mundo real (e não imagens de símios mal-encarados e dragões) que permitem serem trocadas, vendidas, liquidadas rapidamente, sem envolver o investidor diretamente nos riscos mais temíveis associados ao empreendedorismo no Brasil, como o de regulamentação(volúvel).

A Cidade-Princesa do Mar amadurece como Rainha de um polo de vanguarda capaz de alavancar novos focos da economia. Melhorando o país, a comunidade, a cidade, acelerando a economia do mundo real que antes não era possível alcançar.

O Rio hoje não surfa em novas Ondas, ele as cria.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Bevilacqua: Rio do Sol, do Céu, do Mar e... do Blockchain

2 COMENTÁRIOS

  1. Atitude de um governante é desburocratizar o ambiente para que o investidor tenha liberdade para investir. O prefeito sabe do que o Rio e seu povo precisa, a muitas coisas a se fazer nessa cidade, como nos transportes, que para uma cidade conhecida mundialmente carece, não quero comparar com nenhuma outra, mas que para ser dinâmica tem que ser bem administrada.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui