Bibi Ferreira, arte e o Rio de Janeiro

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A atriz e cantora Bibi Ferreira morreu nesta quarta-feira (13/02), aos 96 anos, em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com Tina Ferreira, filha única de Bibi Ferreira, a artista morreu no início da tarde. Bibi acordou e pediu um copo d’água. A enfermeira que a acompanhava percebeu que o batimento cardíaco estava baixo e chamou um médico. Acredita -se que Bibi faleceu enquanto dormia.

Bibi nasceu no Rio de Janeiro em 1922, quando a cidade ainda era Capital Federal. A artista viveu e ajudou a construir as eras de ouro do rádio, da TV, do cinema e do teatro no Rio, o que acabou se disseminando por todo o país. Pois o Rio era também a capital cultural.

A vida de Bibi, desde o início, se confundia com sua arte. Ela era filha do ator carioca Procópio Ferreira, e da bailarina portenha Aída Izquierdo. Casou -se seis vezes e a maior parte desses relacionamentos foram com homens ligados às artes.

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Essa relação próxima de Bibi Ferreira com a arte a deixou ainda mais integrada ao Rio de Janeiro que vivia uma efervescência cultural no auge de sua consagrada carreira.

Logo no início de sua trajetória, Bibi se tornou a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro. Entrou para o famoso corpo de bailarinas do Theatro Municipal do Rio. Também fez muito sucesso em Portugal.

“Bibi era uma artista sem comparação. Completa. Uma verdadeira diva da história do Rio de Janeiro”, frisa o radialista Hilton Abi-Rihan.

Ao longo de toda a carreira, Bibi se fez presente em grandes momentos da arte carioca e brasileira. Não houve nem mesmo uma década em seus quase 100 anos de atividade artística que ela não tenha feito ao menos um histórico trabalho. Foram muitos sucessos profissionais.

Em 2015, a artista entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio. Ano passado, aos 95 anos, fez sua turnê de despedida com “Bibi – Por Toda Minha Vida”, espetáculo só com músicas brasileiras.

Bibi Ferreira me dava a sensação de que você podia viver com dignidade no Brasil de um misto de grande arte e grande entretenimento. Que ela se vá agora – justo quando a gente se convencera de que ela era imortal – é muito sintomático da bad vibe que se instalou no país”, disse o crítico de arte Silvio Essinger.

Falam que artistas se imortalizam através de suas artes. Bibi estará sempre presente no Rio de Janeiro, no Brasil, no mundo e onde mais houver espaço.

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