Blocos de carnaval podem receber apoio do estado; Alerj vota projeto

Em meio à crise que ameaça blocos tradicionais do carnaval carioca, a Alerj vota nesta terça (25) um projeto de lei que cria o Programa de Incentivo aos Blocos de Carnaval de Rua, prevendo financiamento para as agremiações.

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Suvaco de Cristo - Foto: Fernando Maia / Riotur

A crise que levou ao encerramento de diversos blocos de carnaval do Rio pode ganhar um alívio. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota, nesta terça-feira (25), um projeto de lei que institui o Programa de Incentivo aos Blocos de Carnaval de Rua, com o objetivo de apoiar e fortalecer as atividades culturais desses cortejos. As informações são de Vítor d’Avila/Tempo Real.

A proposta será debatida em regime de urgência e em discussão única. O projeto é de autoria da deputada Verônica Lima (PT) e do ex-deputado e atual prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL). O texto prevê que os recursos poderão vir do Fundo Estadual da Cultura, da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, além de doações, acordos e convênios, operações de crédito e dotações orçamentárias. A seleção dos blocos contemplados será feita por meio de um edital anual.

“O Carnaval do Rio de Janeiro não se resume ao desfile das escolas de samba, como prova a algazarra de batuques, cantos, passos, caminhões-pipa e muita conversa alta que enche grande parte das vias. A folia carioca começou nas ruas e nunca saiu de lá”, diz a justificativa da proposta.

Blocos tradicionais encerram atividades

Desde a pandemia, blocos históricos do carnaval de rua do Rio têm deixado de desfilar. Entre eles estão o Escravos da Mauá e o Bloco de Segunda. Em 2025, dois nomes de peso também anunciaram sua despedida: o Imprensa que eu Gamo, fundado há mais de 30 anos, e o Suvaco do Cristo, que surgiu em 1985. O primeiro já não participará do carnaval deste ano, enquanto o segundo seguirá apenas até 2026.

Para Rita Fernandes, presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua (Sebastiana) e fundadora do Imprensa que eu Gamo, o encerramento de atividades desses blocos representa uma mudança de ciclo, impulsionada principalmente pela burocracia imposta pelo poder público.

“As burocracias foram aumentando muito em relação ao carnaval de rua. Burocracia e custo, as duas coisas ao mesmo tempo, vão definindo uma forma de fazer carnaval que a gente não quer mais”, afirma Rita Fernandes.

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1 COMENTÁRIO

  1. Não é isso que eu venho dizendo aqui?!
    A Cultura agora virou desculpa para vagabundo que não quer trabalhar criar Blocos de Carnaval pra depois insistir de que o Estado tem que bancar esses “Blocos” porque estariam “levando cultura” para a população, e quem não apoia isso é “contra a Cultura”.
    Espero que NÃO aprovem isso e mandem esses vagabundos arrumarem um emprego.

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