O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 125,7 milhões para a Ciclus Ambiental Rio S.A., com recursos do Fundo Clima (R$ 88 milhões) e da Linha Saneamento (R$ 37,7 milhões). O investimento será destinado à expansão do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ampliando sua capacidade de recebimento de 10 mil para 11,4 mil toneladas de resíduos sólidos por dia.
O plano de expansão prevê um investimento total de R$ 132,3 milhões, com melhorias como:
- Obras de macrodrenagem pluvial para escoamento seguro das águas das chuvas;
- Cercamento perimetral para proteção física e prevenção de invasões;
- Implantação de cinturão verde para minimizar impactos ambientais;
- Construção de duas novas lagoas de armazenamento de chorume, cada uma com capacidade para 25 mil m³;
- Instalação de novos sensores para monitoramento do aterro sanitário;
- Contratação de serviços topográficos e tecnológicos para aprimoramento estrutural;
- Projetos técnicos e de apoio ao licenciamento ambiental.
“A adequada gestão de resíduos sólidos no Brasil contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa, geração de energia a partir de fontes alternativas e melhoria da qualidade de vida da população”, destacou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Impacto ambiental e tecnológico
Desde sua instalação, em 2011, o CTR da Ciclus tornou-se um dos maiores centros de tratamento de resíduos do mundo, possibilitando o encerramento de lixões em Itaguaí e Seropédica e dos aterros controlados de Gramacho e Gericinó.
“A expansão da operação da Ciclus torna viável um tratamento social e ambientalmente correto dos resíduos e amplia o potencial de transformação do lixo em ativos, beneficiando municípios e a sociedade”, ressaltou Fernando Quintas, CEO da Ciclus Ambiental.
Atualmente, o CTR de Seropédica processa 10 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, convertendo-os em biogás, energia e água desmineralizada. O biogás capturado na instalação é majoritariamente destinado à produção de biometano, enquanto parte dele é utilizada para gerar 2,8 MW de energia elétrica, consumida internamente pela Ciclus.
Com essa ampliação, estima-se que, em 15 anos, o projeto reduzirá 172,1 mil toneladas de CO2 equivalente, consolidando o aterro sanitário bioenergético como um modelo sustentável de gestão de resíduos.
Ué, empreendedores privados usando dinheiro do contribuinte? Mas cadê a conversinha de que o Estado malvadão só atrapalha e impede o dinâmico empresário de prosperar e melhorar o mundo? A moda dos liberais não é reduzir o Estado e tirá-lo de cena? E será que os empreendedores vão aumentar investimento em algum setor sem um “empurrãozinho” do Estado malvadão? Santa incoerência, Batman!
É triste ver que o BNDES está tão imbuído em emprestar dinheiro do povo para facilitar a vida de empresário preguiçoso. É lamentável também constatar que um serviço de tamanha importância para a sociedade – tratamento de resíduos e geração de energia – está submetida a uma lógica privada de lucro. Em um mundo ideal, este serviço seria feito por uma empresa pública, com financiamento do público, gerando muitos empregos bem remunerados para o público, atendendo às exigências ambientais do público. Empresário privado reduz quadro de funcionários, achata salários e adora uma maracutaia para burlar/extinguir leis ambientais, destruindo os biomas. E ainda faz tudo isso com dinheiro do povo.