Boletim Rio Exporta Firjan 2020 destaca crescimento em comparação à 2019

Caxias e Região, Nova Iguaçu e Região e Serrana foram as áreas do estado que apresentaram superávit no período

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Foto: Marco Antônio Teixeira

O boletim Rio Exporta – edição Regionais 2020 da Firjan, divulgado na última quinta-feira (08/04), destaca que, sem considerar a capital, a corrente de comércio fluminense somou US$ 31,4 bilhões, avanço de 1% frente a 2019. Foram US$ 15,3 bilhões em exportações (? 21%) e US$ 16 bilhões em importações (+37%). As áreas do estado que tiveram superávit foram Caxias e Região (US$ 7 bilhões), Nova Iguaçu e Região (US$ 1,8 bilhão) e Serrana (US$ 700 milhões).

De acordo com Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional, o estado do Rio, em suas diversas regiões, passou um ano de grandes desafios.

 “As diversas regiões fluminenses passaram um ano muito desafiador. Ainda assim, o estado do Rio se manteve como o segundo do país em fluxo de comércio internacional. Algumas regiões atingiram, inclusive, um superávit em suas operações de comércio exterior, o que é um feito para um ano de pandemia. Ou seja, a crise não atingiu todos os setores e regiões da mesma forma e com a mesma intensidade”, analisa o coordenador da Firjan Internacional.

A partir de agora, as informações já podem ser acessadas na plataforma Business Intelligence (BI), dashboard dinâmico, que permite ao usuário conhecer o desempenho de comércio exterior do estado por região. A ferramenta, de fácil manuseio, traz gráficos e tabelas, nos quais é possível acessar a pauta de cada região e descobrir sua vocação setorial e performance nas exportações e importações do ano passado.

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Mesmo nas regiões que tiveram déficit comercial, há exemplos de empresas que encontraram na exportação um alívio para enfrentar o pior momento da crise do mercado interno. É o caso do frigorífico Frinense Alimentos, de Itaperuna, Noroeste do estado, que embarcou 40 toneladas de carne para Angola em 2020.

Tayrone Alves, gerente de Recursos Humanos do Frinense, diz que só neste ano de 2021 já exportou mais 25 toneladas para o país africano

“A exportação ficou muito atrativa, mas esbarrou na aquisição da matéria-prima. Nós pagávamos R$ 150 pela arroba do boi em dezembro de 2019, valor que subiu para R$ 290. Com isso, revimos nossos gastos, mudamos fornecedores de insumos e ajustamos os custos em cerca de 20% a 25%”, explica o gerente da Frinense.

De acordo com o boletim Rio Exporta, os destaques de cada região em 2020 foram os seguintes:

Centro-Norte – Tem como os dois principais municípios exportadores Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu. Este último aumentou suas exportações em 123% em 2020. Um destaque da região como um todo foi o incremento de mais de 800% nas vendas de cerveja de malte.

Centro-Sul – O município de Três Rios é o principal player, com 94% da corrente de comércio da região. Em 2020, os principais parceiros foram América do Norte (+1% nas vendas externas) e México (+28%), tendo como os dois principais itens da pauta: preparações e conservas de carnes, chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico e outras matérias. Juntos representaram mais de 70% das exportações.

Leste – Região fortemente impactada pelo desempenho da indústria do petróleo, com queda nas vendas externas de óleos brutos (? 66%). Ao mesmo tempo, a soma das importações da região subiu 60%.

Noroeste – Teve Angola como principal parceiro, destino de 67% das vendas da região no ano passado. O município de Itaperuna registrou crescimento significativo das exportações: + 489%, puxado pelo embarque de carnes e miudezas comestíveis. “O setor de alimentos tem tido ganhos nas exportações, em função do aumento da demanda e também da desvalorização do real, que deixou os produtos mais competitivos”, avalia Rossi.

Norte – Assim como o Leste Fluminense, a região Norte também sentiu o impacto da indústria petrolífera: teve 26% de redução nas exportações e elevação de 100% nas importações. Entre os destaques, houve 194% de aumento na importação de plataformas flutuantes de perfuração e exploração de petróleo, que somaram US$ 7,9 bilhões.

Nova Iguaçu e Região – A Região Metropolitana do Rio de Janeiro, teve a China como principal parceiro. Entretanto, o resultado decorre do embarque de minério de ferro para o país asiático. O produto é apenas escoado pelo Porto de Itaguaí, não produzido no estado do Rio.

Serrana – Apesar do saldo comercial ter sido positivo, a região teve queda média de 50% dos três principais produtos de sua pauta. Já as importações diminuíram 30%.

Sul – Viveu queda acentuada nas vendas externas do setor automotivo, tendo em vista a vocação claramente exportadora do parque industrial da região para o Mercosul. Além disso, o principal parceiro comercial do bloco é a Argentina, que já vinha em um ciclo econômico negativo, agravado pela pandemia.

O boletim completo, está disponível na plataforma da Firjan.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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