O Botafogo divulgou, no último dia 31 de janeiro, seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, destacando avanços em práticas ambientais, sociais e de governança. Entre os principais resultados, o clube registrou a coleta e separação de 2.600 toneladas de resíduos recicláveis no Estádio Nilton Santos ao longo de 2024, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
A iniciativa faz parte de um projeto estruturado para aprimorar a gestão de resíduos no estádio, ampliando o número de lixeiras de 30 para 150 e incentivando torcedores a descartarem corretamente seus resíduos. O trabalho foi conduzido em parceria com as empresas JPrio e SB Ambiental, responsáveis pelo transporte e triagem dos materiais recicláveis, enquanto a Ciclo Orgânico atuou no tratamento dos resíduos orgânicos, transformando-os em adubo para o plantio interno. Em apenas seis meses, a ação impediu que 214 kg de resíduos orgânicos fossem enviados a aterros sanitários, resultando na produção de 141 kg de adubo e na redução de 164 kg de CO2eq na atmosfera.
“Sabemos que a nossa torcida e nossos parceiros estão cada vez mais atentos a como gerimos o clube. Queremos continuar sendo uma referência para os demais times no Brasil e no exterior”, afirmou Thairo Arruda, CEO do Botafogo.
Impacto social e governança
Além das iniciativas ambientais, o relatório destaca ações sociais, como a campanha de conscientização sobre o autismo, promovendo a inclusão de torcedores com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O Estádio Nilton Santos já dispõe de uma sala especial de acolhimento para crianças com TEA, e o clube mantém um canal de escuta com a torcida Botafoguenses Autistas para aprimorar a acessibilidade.
O Botafogo também lançou campanhas contra o feminicídio e promoveu a presença feminina no estádio, reforçando o compromisso com a diversidade e a inclusão no futebol.
No âmbito financeiro, o clube avançou em sua governança corporativa, renegociando dívidas por meio do Regime Centralizado de Execuções e apresentando um plano de Recuperação Extrajudicial para quitar passivos históricos, que ultrapassam R$ 700 milhões.
A adesão do Botafogo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e às melhores práticas de direitos humanos reforça a visão estratégica do clube para o futuro. “Este relatório reflete um compromisso de longo prazo, com a missão de deixar um legado positivo que vá além do futebol”, destacou Thairo Arruda.