Brasil deve retomar obras de Angra 3 no segundo semestre de 2022

As obras de Angra 3, paradas há 12 anos, devem ser iniciadas no segundo semestre. A expectativa é que a sua operação comece em 2027

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Usinas de Angra 1 e Angra 2 deverão passar por um processo de modernização, segundo a Eletronuclear / Reprodução: Internet

O Brasil deve reiniciar, no 2º semestre de 2022, as obras de construção da usina nuclear Angra 3. A terceira unidade nuclear ficará na mesma região que as suas co-irmãs, Angra 1 e Angra 2, à beira mar, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense. Mais de 80 trabalhadores estão mobilizados para o reinício das obras, que estão paralisadas desde 2015. As informações são do Diário do Porto.

Se as obras de Angra 3 não forem paralisadas mais uma vez, há um previsão de que ela entre em operação em 2027, depois de 12 anos de atraso. As usina de Angra 1 e Angra 2, cuja capacidade de geração de energia é de 640 MW e 1.350 MW, respectivamente, devem passar por um processo de reestruturação e modernização, segundo a estatal Eletronuclear.

Angra 1 está em operação há 40 anos e terá vida útil somente até 2024, ano da sua inauguração. A Eletronuclear, por sua vez, prepara uma proposta para que Angra 1 ganhe uma sobrevida de mais 20 anos. Já Angra 2, que funciona também há 20 anos, deverá receber igual atenção da estatal, que tem como foco a instalação de equipamentos tecnológicos de última geração, além de substituição dos equipamentos para os quais há dificuldades de encontrar peças de reposição.

Em quanto o Brasil luta contra atrasos e desatualização tecnológica e de equipamentos, a Argentina assinou um contrato com a China, em fevereiro de 2021, para a construção da sua 4ª usina nuclear. A obra contará com um investimento de US$ 8 bilhões e se chamará Atucha III. A usina será construída em Lima, a 100 quilômetros ao norte de Buenos Aires.

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Pelo acordo assinado entre a estatal Nucleoelétrica Argentina e a Corporação Nuclear Nacional da China, a Atucha III produzirá 1.200 megawatts de energia, além de ter vida útil de 60 anos. As partes contraentes preveem que as obras de construção da unidade vão gerar 7 mil empregos e contar com 40% de fornecedores argentinos. O contrato determina que os chineses serão os responsáveis pela engenharia, construção, aquisição, início e entrega de Atucha III.

O presidente da Nucleoelétrica Argentina, José Luis Antúnez, destacou que a Atucha III permitirá à Argentina “abastecer a demanda de eletricidade com energia básica, limpa, segura e sustentável, e combater os efeitos das mudanças climáticas que afetam o planeta”.

Há 50 anos, a Argentina é pioneira no campo de energia nuclear na América Latina. O país possui mais três usinas nucleares: Atucha I e II, em Lima; e a usina de Embalse, em Córdoba, no centro do país. As 3 unidades fornecem até 7,5% da energia elétrica consumida no país.

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