Calor leva 2,4 mil cariocas a hospitais em fevereiro

Idosos e crianças são os mais afetados; queimaduras e desidratação lideram os atendimentos

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A onda de calor extremo que atinge o Rio de Janeiro levou 2,4 mil pessoas a buscar atendimento médico na rede municipal de saúde apenas na primeira quinzena de fevereiro. Este já é o fevereiro mais quente desde 2003, quando começaram as medições.

Segundo dados obtidos pelo blog, entre os dias 1º e 15 de fevereiro, cerca de 60% dos casos foram de pacientes com queimaduras na pele devido à exposição prolongada ao sol. A desidratação também aparece entre os principais sintomas. Idosos e crianças formam a maioria dos atendidos.

Na última segunda-feira (17), a cidade atingiu o Nível de Calor 4, o penúltimo estágio de uma escala que vai até 5. A classificação indica temperaturas máximas entre 40°C e 44°C por pelo menos três dias consecutivos e leva à recomendação de evitar longos períodos sob o sol.

Para amenizar os impactos da onda de calor, foram instalados pontos de resfriamento e hidratação em espaços como Naves do Conhecimento e postos de saúde. A lista completa dos locais pode ser consultada no aplicativo do COR.

O Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo foi adotado em junho de 2024, após a morte de uma fã da cantora Taylor Swift por hipertermia durante um show no Rio, no ano anterior. O sistema considera não apenas a temperatura registrada pelos termômetros, mas também a incidência de raios ultravioleta e a duração das altas temperaturas ao longo dos dia

Níveis de Calor – Centro de Operações Rio

O Centro de Operações Rio (COR) implementou um sistema de Níveis de Calor para monitorar e comunicar à população as condições térmicas da cidade, especialmente durante períodos de calor intenso. Esse sistema é dividido em cinco níveis, cada um correspondendo a faixas específicas de temperatura e à duração desses eventos térmicos.

Nível 1 (NC1): Indica condições normais, sem previsão de altos índices de calor. A cidade mantém sua rotina habitual, sem necessidade de ações específicas.

Nível 2 (NC2): Ativado quando há previsão ou registro de temperaturas entre 36°C e 40°C por um ou dois dias consecutivos. Nessa fase, o COR coordena e dissemina informações sobre os sintomas da exposição ao calor e fornece orientações à população, com apoio técnico da Secretaria de Saúde. Não há impactos significativos na rotina da cidade, mas os cidadãos são incentivados a se manterem informados.

Nível 3 (NC3): Ocorre quando temperaturas entre 36°C e 40°C são registradas ou previstas para durar pelo menos três dias consecutivos. O COR intensifica a comunicação, utilizando todos os seus canais, como site, aplicativo, redes sociais e mobiliário urbano, além de contato direto com a imprensa. Apesar de não haver mudanças na rotina da cidade, a população deve permanecer atenta às informações.

Nível 4 (NC4): Declarado quando temperaturas entre 40°C e 44°C são registradas ou previstas por, no mínimo, três dias consecutivos. Nesse nível, o COR orienta a população a adaptar suas rotinas para minimizar a exposição ao calor extremo. Medidas incluem a indicação de locais públicos climatizados como pontos de resfriamento, ampliação da oferta de estações de hidratação e possível cancelamento ou reagendamento de eventos ao ar livre que não possam ser ajustados às condições térmicas. A suspensão de atividades externas também pode ser considerada. Todas as ações são orientadas pelo Comitê de Desenvolvimento de Protocolos para Enfrentamento de Calor Extremo e aprovadas pelo prefeito.

Nível 5 (NC5): É o alerta máximo, acionado quando temperaturas acima de 44°C são registradas ou previstas para durar pelo menos três dias consecutivos. Nesse estágio, atividades de risco relacionadas ao calor extremo que não possam ser interrompidas são monitoradas para proteger a população. Boletins meteorológicos são emitidos a cada seis horas, e um boletim epidemiológico é divulgado até 72 horas após o término da onda de calor. Medidas adicionais podem incluir a abertura de unidades municipais como pontos de resfriamento, reagendamento de eventos de médio e grande porte, suspensão de atividades ao ar livre em escolas e outras ações conforme orientação do Comitê de Desenvolvimento de Protocolos para Enfrentamento de Calor Extremo.

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