A Câmara Municipal do Rio aprovou, nesta quarta-feira (4), em segunda discussão, o PL 3433/2024, que institui a Campanha Municipal de Conscientização e Combate ao Consumo de Cigarro Eletrônico. Pela proposta, os malefícios causados pelo uso de cigarros eletrônicos e derivados devem apresentados à população através da realização de campanhas com eventos, palestras, seminários e debates.
O eventos devem acontecer anualmente, na última semana do mês de agosto, coincidindo com o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O projeto seguirá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem até 15 dias úteis para fazê-lo.
A autora, Rosa Fernandes (PSD), salienta que o Brasil já conta com milhares de pessoas viciadas e com saúde destruída por causa do uso desse dispositivo.
“Já temos uma legião de viciados em cigarro eletrônico no Brasil. As pessoas acham que ele não faz mal à saúde e acreditam que ajuda a abandonar o cigarro tradicional. Mas é puro engano. Esses produtos têm diversas substâncias nocivas e devem ser proibidos pelo bem da saúde da população”, afirma a vereadora.
Incrementando com sabores e com formatos divertidos, os vapes causam câncer, doenças respiratórias, infarto, hipertensão arterial, lesão pulmonar e morte súbita.
De acordo com o Ministério da Saúde, o cigarro eletrônico já foi experimentado por mais de 1 milhão de brasileiros, dos quais 70% com idades entre 15 e 24 anos. Nos últimos seis anos, o consumo desses produtos aumentou 600% nas Américas, segundo estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a expectativa de vida de quem usa esses produtos é 10 anos menor do que a dos não fumantes. De acordo com a OMS, aproximadamente, 8 milhões de tabagistas morrem por ano em todo o mundo.