Câmara do Rio aprova que Armazém da Utopia seja utilizado apenas para atividades culturais e sociais

Projeto de lei foi aprovado pela Casa na última quinta (03/03); agora, prefeito Eduardo Paes dará o veredito final sobre o assunto

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Armazém da Utopia, na Zona Portuária do Rio - Foto: Reprodução/Google Maps

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, na última quinta-feira (03/03), em caráter definitivo, um projeto de lei que restringe a utilização do Armazém da Utopia, na Zona Portuária da capital fluminense, a atividades culturais e sociais. Agora, a medida, número 53/2021, vai para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.

O Armazém da Utopia é um centro cultural com mais de 5 mil metros quadrados que, desde 2010, é a sede do coletivo artístico Companhia Ensaio Aberto, que completa 30 anos em 2022. O espaço abriga o acervo de figurino com mais de duas mil peças, bem como o acervo de objetos de cena e cenografia de 27 espetáculos teatrais. Entretanto, o local vem sendo ameaçado de despejo desde 2019 em função de uma disputa com a Companhia Docas do Rio de Janeiro.

Para o vereador Carlo Caiado (DEM), um dos autores do projeto, a revitalização da Zona Portuária é um ponto fundamental tanto para o Rio como um todo quanto para a região central da cidade, especificamente.

”Nossa proposta é atrair novos negócios e atividades, além de preservar quem já desenvolve um excelente trabalho, como é o caso do Armazém da Utopia, que merece continuar onde está, fazendo arte há mais de 10 anos”, disse.

”O Armazém firmou 13 termos de convênio com o Governo Federal, beneficiando 30 mil pessoas e gerando 120 empregos diretos. Desde 2010, o uso correto e adequado do espaço tem sido feito, e isso vai continuar graças à lei aprovada hoje pela Câmara”, celebrou, por sua vez, o também vereador Chico Alencar (PSOL), antes de complementar.

”Espero que o prefeito possa sancionar esta lei para consolidar o uso público e cultural desse importante espaço”, pediu.

Companheiro de partido de Chico, Tarcísio Motta lembrou que o Armazém está no Porto Maravilha, região que sofreu intervenção do Poder Público, e que, passados 10 anos, a ocupação do espaço ainda é prioritária.

”O uso do armazém, que não tinha destinação para fazer arte e promover cultura, é um exemplo de intervenção cultural no Rio de Janeiro. A manutenção do armazém para atividades culturais e sociais é um grande bem, pelo qual a cidade agradece”, disse.

Por fim, o parlamentar Átila A. Nunes (DEM), coautor do texto e líder do governo na Câmara, destaca que ”o projeto mantém no corredor cultural da Região Portuária do Rio um dos legados olímpicos para a cidade, sendo a preservação do conjunto arquitetônico da região fundamental pela sua importância histórica, urbanística e paisagística”.

Vale ressaltar que, além dos supracitados, também assinam o projeto os vereadores Alexandre Isquierdo (DEM), Cesar Maia (DEM), Dr. João Ricardo (PSC), Jorge Felippe (DEM), Lindbergh Farias (PT), Marcelo Arar (PTB), Marcos Braz (PL), Monica Benicio (PSOL), Prof. Célio Lupparelli (DEM), Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), Reimont (PT), Rocal (PSD), Tainá de Paula (PT), Welington Dias (PDT) e Willian Siri (PSOL).

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