Câmeras de segurança serão obrigatórias para monitorar ferros-velhos da cidade

Lei obriga aos ferros-velhos a ter câmeras e guardar a filmagem por 3 meses, objetivo é tentar diminuir os pequenos furtos que causam prejuízo imenso ao Rio

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Os ferros-velhos do Rio de Janeiro estão sob o escrutínio da sociedade, depois de tantos roubos a patrimônio público e privado, que piorou com o problema do crack e da mendicância na cidade. No início de setembro o Governo do Estado regulamentou lei que obriga o cadastramento de ferros-velhos, afinal o roubo de fios no Rio de Janeiro gera transtornos e prejuízos, não são poucos os casos de pessoas que ficam sem internet ou luz causada por estes criminosos de baixo nível. É triste casos como o roubo do letreiro da antiga Colombo de Copacabana, ou dos parafusos da recém-instalada placa em homenagem a Xexéo. Uma das molas motoras dos roubos e furtos de peças metálicas são os ferros-velhos do Centro do Rio, muitas vezes ilegais.

Nesta terça-feira, 5/10, o Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a implantação de sistema de monitoramento por câmeras de segurança em estabelecimentos que comercializam ferros-velhos, sucatas e produtos afins. O PLC 29/2021, aprovado em 2ª discussão, tem por objetivo combater os recorrentes furtos de cabos de energia, de internet e objetos de metal nas ruas e nos modais de transporte da cidade, que vêm provocando impactos negativos na vida da população e das empresas que atuam no município. O projeto depende apenas da sanção do prefeito Eduardo Paes para se tornar lei. 

O texto aprovado prevê que todos os estabelecimentos que comercializam sucatas, peças usadas ou congêneres, produtos de metais, fios e objetos de cobre, por exemplo, serão monitorados por meio de câmeras de segurança. Em caso de suspeita ou denúncia de compra e venda de material de procedência duvidosa ou de constatação de comercialização de produtos sem nota fiscal ou comprovante de origem, o órgão municipal responsável poderá providenciar o envio das imagens à autoridade policial competente. As imagens deverão ficar armazenadas por três meses. 

Um dos autores do projeto, o vereador Carlo Caiado (DEM) destaca o papel da legislação municipal no combate ao problema. “Embora o roubo e furto de cabos e peças seja uma questão criminal, de outras esferas, podemos agir na outra ponta, coibindo a revenda e receptação desses materiais, ajudando a fechar o cerco contra essa prática que prejudica milhares de cariocas todos os dias“, afirma. 

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Os números divulgados pelas concessionárias públicas e privadas demonstram como o problema é grave. De acordo com informações da Light, furtos na rede elétrica já deixaram mais de 10 mil pessoas sem luz em 18 meses. Já a Supervia divulgou que nos primeiros oito meses de 2021 foram mais de 22 mil metros de cabos furtados, o que ocasionou o cancelamento de 862 viagens no modal. A Rioluz informou que 30 mil metros de cabos da iluminação pública são furtados por mês, o que equivale a um prejuízo mensal de R$ 80 mil a R$100 mil.

Também autor do projeto, o vereador Vitor Hugo (MDB) ressalta que a medida ajudará em investigações. “O objetivo do projeto é buscar inibir a compra e venda de material reciclável sem procedência, além de facilitar as possíveis investigações policiais que possam acontecer, pois as filmagens melhoram a identificação dos envolvidos”, acrescentou o parlamentar. 

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