Campus da antiga Gama Filho é avaliado em mais de R$ 300 milhões

Fechada desde 2014, imóvel da antiga universidade, no bairro de Piedade, deve se tornar um centro de conhecimento, inovação e empreendedorismo

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Antigo prédio da Universidade Gama Filho, em Piedade - Foto: Reprodução

O campus da antiga universidade Gama Filho, em Piedade, na Zona Norte do Rio, está avaliado em R$ 308 milhões, segundo valor estabelecido por administradores judiciais, A decisão da 7ª Vara Empresarial. O centro de ensino superior foi descredenciado pelo Ministério da Educação em em 2014, antes de ser decretada a falência do Grupo Galileo, responsável pela administração da instituição, e desde então, o imóvel vem sofrendo com o abandono e degradação.

Prefeitura do Rio desapropriará antigo campus da Universidade Gama Filho, em Piedade

No último dia 05 de abril, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou em suas redes sociais que assinou um decreto para a desapropriação do antigo campus da Universidade Gama Filho, em Piedade, na Zona Norte da capital fluminense.

Segundo Paes, o intuito da Prefeitura é, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RJ), viabilizar a construção de um ”grande centro de ensino e conhecimento” no local.

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O advogado Gustavo Licks, um dos três administradores judiciais da massa falida, afirma que a indenização pela desapropriação do imóvel pagará os ex-funcionários e os ex-alunos que ganharam o direito à reparação por terem sofrido danos morais e financeiros.

O campus da Gama Filho possui 57.300 metros quadrados, capacidade para 40 mil alunos. Porém, na época em que fechou, haviam cerca de 9 mil estudantes, muitos não conseguiram ter o diploma até hoje.

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Deterioração do Campus da universidade Gama Filho, em Piedade (Foto: Reprodução)

A Fecomércio, que pretende revitalizar o espaço em parceria com a prefeitura, já afirmou que tem o interesse de criar uma unidade no prédio, com as participações de Sesc, Senac e Sebrae. De acordo com o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, um grupo especial de trabalho deve ser criado para debater a situação e o futuro do imóvel.

Gustavo Licks classifica as propostas como válidas, mas pondera que a prioridade é quitar os débitos abertos com funcionários e alunos que foram lesados.

Como carioca, vejo como muito positiva a ideia de se criar um centro de conhecimento, uma vocação local. Já como administrador da massa falida, será importante pagar os 3 mil trabalhadores e as indenizações para os ex-alunos. Foram tantos postos de trabalhos fechados tanto na universidade como no comércio local. A região deve ser revitalizada pela Prefeitura”.

A economia da bairro de Piedade girava em torno do funcionamento da Gama Filho, que movimentava toda região. Com o fechamento da Instituição, estabelecimentos do entorno fecharam e os imóveis sofreram com a desvalorização imobiliária e a sensação de insegurança aumentou na área, com o fim do fluxo e a redução da presença dos agentes de segurança no trecho.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Vai a pergunta: agora que se “descobriu” o EaD na pandemia, faz sentido a prefeitura despender tantos recursos em um prédio!? R$ 300 milhões… Ela não consegue nem honrar folha de pagamento, manutenção do que já existe, a conta do BRT, a conta do VLT… que que estão inventando com essa história de “centro de conhecimento”?!

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