Carlos Lessa fala sobre o Rio

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Hoje Cesar Maia, em seu ex-blog, citou trechos de uma entrevista que Carlos Lessa, pré-candidato a prefeitura do PSB deu ao Estado de São Paulo no domingo (se não me engano).

Apesar de não gostar de Lessa, acho suas teorias econômicas no mínimo ultrapassadas desde os anos 70, foi muito coerente na sua visão da cidade. Leia os trechos escolhidos por Maia abaixou, ou a entrevista completa aqui.

Carlos Lessa TRECHOS DA ENTREVISTA DE CARLOS LESSA AO ESTADO DE SP DE DOMINGO, SOBRE A CIDADE DO RIO!

1. “A legislação brasileira desguarneceu os municípios e os Estados. A Constituição de 1988 estabeleceu que havia uma participação proporcional dos Estados e municípios nas receitas de impostos. Mas o governo federal, criou a categoria ‘contribuição’ e conseguiu no STF a determinação de que contribuição não é imposto. Por isso, por exemplo, a CPMF não dá um tostão para governadores e prefeitos. As administrações municipais e estaduais vivem a pão e água.’

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2. “Uma conseqüência dessa linearidade é a concentração, em um só bairro, de todos os estratos sociais. É muito ruim morar longe do local de trabalho. Quem gastaria três horas de deslocamento para trabalhar prefere morar numa encosta a ter de passar por isso. Quanto mais rico for o asfalto, maior é a atração de pessoas para morar nos arredores.

3. “Há um senso comum de que os problemas estruturais do Rio decorrem da favelização da cidade. Isto não é verdade. São os problemas de configuração urbana e de infra-estrutura que dão origem às favelas. Se, historicamente, tivéssemos investido em metrô de superfície, morar no subúrbio do Rio seria muito confortável para o trabalhador.

3. “Como a cidade tem mais de 6 milhões de habitantes e não dá para se começar do zero, uma das soluções que me entusiasmam é transformar as favelas em bairros populares. O projeto Favela-Bairro se inspira nessa visão e fez uma urbanização nas favelas magnífica. Quase todas têm hoje água, esgoto, escola e postos de saúde. O lado ruim é que essas melhorias atraem especulação imobiliária e o povo dos municípios periféricos está se mudando para as favelas.

4. “A cidade está fadada a inundações. Muitas linhas d’água do Rio estão abaixo da linha do mar. Quando há a combinação maré alta e chuva muito forte, inunda tudo. Outras cidades têm problemas semelhantes, como Recife.

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