Carnaval e os Riscos do Álcool: Entenda os Efeitos do Consumo Excessivo no Organismo

Especialistas alertam para os perigos do abuso de bebidas alcoólicas, que vão desde comprometimento motor até danos graves ao fígado, coração e cérebro.

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Com a chegada do Carnaval, período marcado por festas e celebrações, o consumo de bebidas alcoólicas tende a aumentar. No entanto, o excesso pode trazer consequências graves para a saúde, alertam especialistas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3 milhões de mortes por ano estão relacionadas ao uso nocivo do álcool em todo o mundo, representando 5,3% do total de óbitos.

O impacto do álcool no organismo varia conforme a quantidade ingerida, medida pelos níveis de álcool no sangue (BAC, na sigla em inglês). “Quando a pessoa consome uma bebida alcoólica, o álcool é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea. Um BAC de 0,02% já pode afetar a capacidade motora e o julgamento, enquanto um nível de 0,08%, considerado o limite legal para dirigir na maioria dos países, pode comprometer significativamente as habilidades cognitivas”, explica o hepatologista Dr. Henrique Sérgio Coelho, do Hospital São Lucas Copacabana.

À medida que o BAC aumenta, os efeitos se tornam mais severos. Com níveis entre 0,20% e 0,30%, a pessoa pode experimentar confusão mental, perda de consciência e até risco de morte por depressão respiratória. Níveis acima de 0,30% são potencialmente letais, podendo levar ao coma alcoólico ou à morte se não houver intervenção médica imediata.

Além dos efeitos imediatos, o consumo crônico de álcool pode causar danos irreversíveis à saúde. “O fígado é um dos órgãos mais afetados, podendo desenvolver cirrose alcoólica, que aumenta significativamente o risco de câncer no fígado”, destaca a Dra. Vivian Rotman, hepatologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).

A longo prazo, o álcool também prejudica o coração, o pâncreas e o cérebro, além de estar associado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como os de boca, esôfago, fígado, intestino e mama. “Não há bebida alcoólica segura. O importante é consumir com moderação e estar atento aos sinais do corpo”, reforça a especialista.

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

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