Carnaval é tema de debate na Bienal do Livro do Rio de Janeiro

O painel “O Carnaval que queremos” apresentou um panorama sobre uma das festas mais populares do Brasil em uma conversa com jovens da Rede Municipal de Ensino do Rio

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Foto: Divulgação

Um encontro do samba com os livros promovido pela Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio) agitou a arena Paixão de Ler da Secretaria Municipal de Cultura nesta quarta-feira, 07/12, na Bienal do Livro. O painel “O Carnaval que queremos” apresentou um panorama sobre uma das festas mais populares do Brasil em uma conversa com jovens da Rede Municipal de Ensino do Rio sobre a liberdade de expressão poética promovida pelas artes. Os convidados também conversaram sobre o Carnaval como um espaço político de visibilidade do povo carioca.

Logo no começo, os dançarinos Marlon Cruz e Alessandra Holanda provaram que têm samba no pé e apresentaram uma performance da canção “As rosas não falam”, de Cartola. O número foi premiado recentemente em uma competição no ‘Programa do Ratinho’ do SBT. O sambista, cantor e compositor da Estação Primeira de Mangueira, Deivid Domênico, defendeu o Carnaval como manifestação da cultura popular brasileira.

“Essa é a festa do povo e a expressão cultural mais democrática que existe porque une pessoas de classes diferentes: o rico e o pobre desfilam na mesma escola, no mesmo bloco. Precisamos discutir o Carnaval para saber a quem serve o Carnaval e para que serve. Eu quero um Carnaval plural que una o país democraticamente na luta e na festa”, disse Domênico.

No debate, o coreógrafo da comissão de frente do Salgueiro, Patrick Carvalho, lembrou dos carnavais que viveu e do desafio de desenvolver uma sobre a escravidão.

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“Hoje nós ainda vivemos em uma senzala. Que venham muitos enredos negros, pretos, para que a gente possa viver mais Carnavais. Esse orgulho que eu tenho de dizer que eu vivo e sobrevivo dele eu me encho de alegria. O Carnaval é a minha cura e a de muitas pessoas”, detalhou o coreógrafo.

O artista plástico Vinícius Vaitmann lembrou da importância do Carnaval enquanto fonte de renda de muitas famílias e da possibilidade de termos o retorno da festa no contexto da pandemia: “As pessoas que não estão envolvidas, não sabem que o Carnaval tem uma cadeia imensa de produção, que envolve diversos profissionais que sustentam suas famílias a partir dele. Quando se discute a possibilidade de termos a volta a festa como tínhamos antes, temos que aceitar o que diz a Ciência e entender de que formas podemos desenvolver um Carnaval para todos”.

A participação da JUVRio na Bienal do Livro 2021 continuará na próxima quarta-feira, 08/12. A pasta da Prefeitura do Rio levará novamente para o estande Paixão de Ler o painel “Reflexões sobre o Sistema Prisional”, com o escritor Samuel Lourenço em convidados que vivenciaram realidades dentro e fora do cárcere. Em sua primeira Bienal do Livro, a JUVRio irá bater um papo sincero e aberto sobre diferentes assuntos que impactam a juventude como o sistema prisional, emprego, arte, carnaval, sustentabilidade, literatura e o direito de sonhar, até o domingo, 12/12, sempre das 15h às 16h.

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