CCBB realiza mostra ‘Brasil no [Centro do] Mapa’

A exposição apresenta 22 preciosidades da cartografia, desde XVI até hoje, incluindo o Brasil no centro do mapa do mundo

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Planisfério de Alberto Cantino, de 1502 / Acervo Biblioteca de Modena (Reprodução)

Para comemorar os 200 anos da independência e os trinta anos da realização da Rio-92, a primeira reunião global que uniu o governo e a sociedade diante dos desafios ambientais, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB – RJ) inaugurou, no mês de abril a exposição “Brasil no [Centro do] Mapa”, que apresenta 22 preciosidades da cartografia, desde XVI até hoje, incluindo o Brasil no centro do mapa do mundo. A mostra traz ainda 4 mapas temáticos relacionados à problemas ambientais: lixo plástico, emissão de CO2 por habitante, unidades de conservação e energias renováveis. Na exposição, os visitantes poderão ver um vídeo inédito e três mapas da artista Ana Bella Gieger.  A mostra acontece no 4º andar da instituição até 30/06.

Nos dias 01, 08 e 15/06, será realizado um seminário estruturado em 3 mesas de discussão. Duas delas serão mediadas pelo curador da mostra, Paulo Manoel Lenz Cesar Protásio, e 1 será mediada por André Alvarenga, Doutor em geografia pela UFRJ, pesquisador no Programa Nacional de Pós-Doutorado – CAPES-PUC/Rio e consultor da exposição. A primeira mesa, “O Brasil no centro do mapa: conceito e realização”, será presencial. As mesas “O Brasil na história da cartografia” e “O Brasil no mapa do desenvolvimento sustentável” serão virtuais e transmitidas pela plataforma zoom.  

A exposição apresenta peças raras da cartografia, como a Carta Rogeriana, que marca a transição entre a fase de dominação muçulmana do mediterrâneo e a sua retomada por cristãos europeus; o Mapa de Ebstorf, o maior mapa do período medieval que tem o Oriente no topo, e o corpo de Cristo em cruz, como Rosa dos Ventos indicando as direções. Outro destaque da mostra é o Mapa Genovês, em forma de Arca de Noé, que marca o fim do período medieval e início da Renascença. Este trabalho é um dos primeiros a apontar o caminho rumo às Índias contornando a África.  Outra raridade é o Mapa de Johannes Scnitzer, um exemplar da redescoberta do livro Geographia de Ptolomeu – diretor da Biblioteca de Alexandria no século 2 d.C. O livro de Ptolomeu apontava como se referenciar pela terra através da observação dos astros, além de ser um guia para a produção de projeções diferentes.

Os trabalhos relacionados ao Brasil são, não somente raros, mas de uma beleza artística e humana sem igual. A exposição apresenta trabalhos, como o Planisfério,  de Juan de la Cosa, que viajou com Cristóvão Colombo, e desenhou o primeiro mapa a mostrar o continente americano. A mostra  apresenta também o Mapa de Vera Cruz, de Alberto Cantino, de 1502, o primeiro a representar o litoral brasileiro. Outro mapa que pode ser visto é o de Jerônimo Marini, de 1511, o primeiro a trazer o nome Brasil. Os visitantes verão ainda o Terra Brasilis, de Lopo Homem e Antonio de Holanda, de 1519, onde pode-se ver o delineamento completo da costa brasileira, a embocadura do Rio da Prata e representação dos índios cortando madeira (pau-brasil), e muitas outras raridades.

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A artista Anna Bella Geiger tem um espaço mais do que especial na exposição pela sua excelência na produção de mapas. Ela, que era casada com o renomado geógrafo brasileiro Pedro Geiger e por ele foi influenciada, produziu uma série de trabalhos únicos, que lhe garantiram reconhecimento no mundo todo

 “Baseada nos ‘ingredientes’ comuns a todos os mapas como projeção, escala, generalização, procuro, ou através do uso deliberado de distorções, ou por inserções de textos, obter significados cujo resultado é diverso ao do uso comum do mapa. Intenciono com isso criar um espaço representativo (suporte), para uma reflexão sobre o sistema de arte e seu circuito, mais especificamente no nosso contexto. O mapa é quem determina o local da ação. Tenho utilizado mais frequentemente duas representações, a de cartogramas de áreas contiguas – os mapas topológicos, e a tradicional projeção Mercator. Os territórios escolhidos são o mundo (Mapa-Mundi), a América Latina e o Brasil. O processo de informação desse trabalho depende, para a sua eficácia, de um esforço entre o leitor e o autor, isto é, do papel ativo de ambas as partes”, Anna Bella Geiger.

O Centro Cultural Banco do Brasil funciona às segundas-feiras, e de quarta à sábado, das 9h às 21h. No domingo, o espaço funciona das 9h às 20h. Na terça-feira, o CCBB não abre. Os ingressos para a exposição podem ser retirados previamente no site eventim.com.br ou presencialmente na bilheteria do CCBB, a partir das 9h do dia da visitação. A Entrada é gratuita. O CCBB fica Rua Primeiro de Março, n° 66, no Centro da cidade.  Informações: (21) 3808-2020

SERVIÇO:

01 de junho de 2022 (presencial), das 18h30 às 20h30, no auditório, 4º andar.
Seminário “Brasil no [centro do] mapa: para além da cartografia”

A entrada é gratuita. Os ingressos podem ser retirados no site eventim.com.br ou na bilheteria física, a partir das 9h, do dia do evento

08 de junho de 2022 (on-line), das 19h às 21h

Evento com acesso gratuito e sem inscrição prévia.  Acesso pelo link https://mla.bs/00517f29

15 de junho de 2022 (on-line), das 19h às 21h

Evento com acesso gratuito e sem inscrição prévia.  Acesso pelo link https://mla.bs/6d6256d0

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