A seca que atinge o Sudeste e tem feito São Paulo sofrer, também tem gerado problemas no Rio de Janeiro, é só ver os caminhões pipas que ficam agora rodando pela cidade e aumentando a conta de muito condomínio por aí.
Pois hoje O Globo noticiou que o maior reservatório do Rio Paraíba do Sul, localizado em Paraibuna, no Vale do Paraíba paulista, está com apenas 0,38% de sua capacidade. Não é 1%, nem meio por cento, é 0,38%!!! E se não voltar a chover normalmente o jeito será usar o Volume Morto, a reserva técnica, do Paraibuna. São 400 milhões de metros cúbicos, o que seria suficiente para garantir o abastecimento de cidades de São Paulo, Rio e Minas por até três meses.
Para o novo presidente da CEDAE, Jorge Briad, a situação hídrica da Região Metropolitana do Rio ainda é confortável, o que ele deve ter dito provavelmente para acalmar, contar com reserva técnica é sinal de que deveríamos nos preocupar faz tempo, vide São Paulo, em que Alckmin finalmente assumiu que está na hora de racionamento.
O grave problema é que não for encontrada uma solução, sem ser a de São Pedro trazendo chuvas, o Rio de Janeiro pode estar adiando o problema do abastecimento de água para 2016. E aí, imagine a vergonha, se nas Olimpíadas faltar água…
54% da Água Carioca se perde
Agora é correr atrás do prejuízo, uma pesquisa de 2012 mostra que o Rio de Janeiro é a cidade que registra o maior consumo de água no país e um dos maiores índices de desperdício. Cada habitante gasta, em média, 236 litros por dia, o dobro dos 110 litros recomendados pela ONU.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 54% da água que sai da estação de tratamento da CEDAE, perdem-se em vazamentos, problemas de medição e ligações clandestinas. O índice nacional de perda é de aproximadamente 40%, enquanto o aceitável seria 25%, no máximo.