Cedae está investindo em tecnologia para garantir verão sem geosmina

A companhia adotou medidas no Sistema Guandu para evitar alterações no cheiro e gosto da água e também fez um investimento de 4,3 milhões em equipamentos importados

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Foto: Leonardo Ripamonti

Em dezembro de 2021, em uma entrevista para a TV, o presidente da Cedae, Leonardo Soares, garantiu a população fluminense que teria um verão sem geosmina, e, aparentemente, não era só uma promessa ou achismo. Dados, investimento e tecnologia foram a base desse argumento.

O primeiro movimento veio logo após o verão de 2021: a Cedae instalou, em abril de 2021, um conjunto de bombas que transportam 3 mil litros por segundo de água do rio até a Lagoa Grande, último ponto antes da captação de água na Estação de Tratamento do Guandu. O bombeamento acelerou a vazão e reduziu a temperatura média da água da lagoa em cerca de 5° C.

“A geosmina é comum em toda parte do mundo e exige sempre enfrentamentos diferentes. Começamos a fazer testes com soluções específicas e identificamos as mais eficazes, que nos garantiram um verão sem sustos”, afirmou Leonardo Soares.

A segunda medida adotada para impedir a proliferação de algas na lagoa foi a instalação, durante o verão recém-acabado, de oito boias de ultrassom em seu espelho d’água. A Cedae investiu R$ 4,3 milhões para trazer da Holanda equipamentos que emitem ondas de ultrassom de baixa potência e mantêm as algas abaixo da superfície, longe da luz solar, impedindo sua proliferação. As boias, que funcionam com energia solar, ainda monitoram em tempo real parâmetros fundamentais para saber se há risco de cair a qualidade da água.

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Mesmo após um verão extremamente quente e sem geosmina, a Cedae segue o plano para garantir água limpa. Em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e com o Comitê Guandu-RJ, a Companhia investe R$ 108 milhões na construção de duas Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), uma no Rio Queimados e outra no Rio Ipiranga.

 As UTRs lançam microbolhas na água, que formam um “colchão” que traz os poluentes para a superfície na forma de espuma, permitindo sua retirada. O processo remove da água quase 100% do fósforo, principal nutriente das algas.

Outra medida acontece no interior da ETA Guandu. Com investimentos de R$ 800 milhões, a estação passa por uma série de obras, desde 2021, com previsão de conclusão no ano que vem. As intervenções vão desde novos equipamentos à reforma das instalações, incluindo a modernização dos filtros e decantadores, substituição de válvulas e reformulação do Centro de Controle Operacional (CCO) e do sistema de monitoramento.

A Cedae também está licitando a compra de três novos cromatógrafos, máquinas capazes de identificar com mais precisão contaminantes orgânicos no rio.

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1 COMENTÁRIO

  1. Até que enfim, antes tarde do que nunca, precisou a concessão dos serviços de manutenção para que elogiassem uma das inúmeras atitudes e atividades desenvolvidas pela Cedae e, olha que do valor dessas concessões não caiu um centavo nos cofres da Empresa, sabe-se lá aonde foram parar (farra do boi, festas, acordos… mas isso é assunto para outra discussão)?
    Parabéns Estéfane, jovem estudante que tem muito a ensinar a esses “caciques” da comunicação!

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