O Centro Empresarial Empresa-Escola (CIEE) acaba de alugar um edifício inteiro no Centro do Rio, para instalar nova unidade. Fundada em 1964, a entidade de assistência social atua na capacitação de adolescentes e jovens para o mercado de trabalho, atuando através de diversos programas, entre eles os de aprendizagem e o de estágio. A instituição é sediada em São Paulo.
O CIEE vai funcionar no edifício da Rua Teófilo Otoni 123, que fica entre as ruas Miguel Couto e Uruguaiana. O prédio tem 10 andares, estacionamento, e uma grande loja; por muito tempo, foi o campus centro da Universidade Veiga de Almeida, que funcionou lá até 2018. Dados da Sergio Castro Imóveis, que segundo os donos do prédio foi responsável pela negociação, o imóvel é amplo e tem quase 4.000m2 de área construída total. A Vabrad Administrações, proprietária do imóvel, disse em nota ao DIÁRIO estar satisfeita com o negócio, mas não pode dar mais informações.
O edifício, construído em estilo Art Déco, tem a fachada em mármore travertino romano, e foi totalmente retrofitado em 2012, com projeto do arquiteto belga Jo Peeters. Construído nos anos 40 para abrigar a empresa de venda de equipamentos eletrônicos Reg S/A, o edifício tem 2 elevadores, pátio de estacionamento, portaria em mármore e um bonito terraço com vista para todo o Centro Histórico do Rio.
“O novo campus do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) no centro reforça o polo educacional na região que já conta com várias universidades e trará uma ocupação com perfil jovem e inovador. A Aliança Centro, união empresarial do centro do Rio, comemora e dá boas vindas ao nosso futuro vizinho!”, disse otimista, Marcelo Haddad, da Aliança Centro, organização de empresários e proprietários que luta para aumentar a atratividade da região e monitora os progressos da Prefeitura na conservação, manutenção e ordem pública, com recursos privados.
Segundo Lucio Pinheiro, Diretor da Sergio Castro, a empresa está tendo bastante procura para novas locações no Centro. Pinheiro explica que a empresa foi contratada, para promover, com exclusividade, o aluguel do icônico Edifício Mesbla, na rua do Passeio, número 56, entre outros. “Outro prédio que está a nossos cuidados é o Edifício Francisco Serrador, na Cinelândia. Temos tido muita procura, agora que essa história de ‘home office’ foi percebida como algo que simplesmente não funciona para a maioria dos negócios“, diz. Lúcio afirma que tem feito diversas visitas por semana com grandes empresas que estão deixando o home office.
A instituição se junta à Yduqs, que alugou nas proximidades um grande edifício para instalar nele sua faculdade de medicina. O prédio fica na avenida Presidente Vargas, e a locação também foi fechada recentemente, como noticiamos aqui. A nova faculdade de medicina estes investindo 30 milhões de reais no novo campus, que terá 11 mil metros quadrados e será o maior campus em operação das faculdades de medicina da Yduqs. “Um grande polo educacional está voltando a nascer na região“, disse Adriano Nascimento, gerente predial do Edifício Flandres, que receberá o CIEE.
Indo a campo, verificamos que outros imóveis emblemáticos estão sendo finalmente alugados, na região. É o caso do terraço do Terminal Garagem Menezes Córtes, locado a um órgão público, e da antiga Casa Franklin, alugada à Vivian Festas, na Avenida Passos. O movimento de locação dos prédios tem ficado mais e mais quente; segundo o profissional da Sergio Castro, neste momento é possível alugar por R$ 55,00 reais por metro quadrado um andar no Edifício Serrador, com Heliponto, Ar Central, hall em mármore importado e vista deslumbrante, com um imenso estacionamento com vagas praticamente ilimitadas no subsolo em frente ao prédio. Lúcio explica que este mesmo prédio era alugado por mais de R$ 100,00 por metro quadrado, anteriormente. “A oportunidade de alugar barato os melhores prédios do Rio é agora. Foi isso que este cliente fez. E o Centro sai ganhando“, finaliza.
A região da Rua Teófilo Otoni sofreu bastante com a pandemia, e ainda tem diversos imóveis vazios e para alugar. Houve relatos de invasões a imóveis na região; segundo especialistas, o grande volume de pessoas que freqüentará o CIEE deve trazer nova vida à localidade.
