Cesar Maia fala sobre o quadro eleitoral do Rio para 2018

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O vereador Cesar Maia (DEM) falou hoje em sua newsletter, o Ex-Blog, sobre as eleições do Rio em 2018. Para ele, faltando poucos meses para a eleição, o quadro eleitoral do estado está ainda mais confuso. Para senador, diz Maia, é totalmente imprevisível e para governador depende da decisão de Romário (Podemos), ele hoje tem 20% das intenções dos votos, mas não deve ser candidato. Mas sem ele o não-voto sobre de 50% para 60%.

O ex-prefeito continua e diz que mesmo com as ausências de campeões de voto como Eduardo Cunha (MDB/Pinhais), Bolsonaro Chico Alencar (PSol), não vê mudança no perfil ideológico da bancada no Rio em Brasília. Já a nova ALERJ tende a ser horizontal, o que suavizaria a relação entre o executivo e o legislativo.

Leia a entrevista completa:

EX-BLOG ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2018 NO RIO DE JANEIRO!

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1. EX-BLOG: O quadro eleitoral no Rio está ficando mais claro?
CM: Ao contrário, está mais confuso, seja nas eleições para governador, como para senador. A eleição presidencial mostra um quadro melhor para análise, independente do julgamento de Lula. Por exemplo, Bolsonaro se afirma mais e Marina se mostra competitiva.

2. EX-BLOG: E para senador e governador?
CM: Para senador, a imprevisibilidade é total hoje. Como são 2 vagas e o espalhamento é amplo, há um estímulo para surgirem candidaturas. Talvez, aqui, os chamados candidatos da sociedade civil tenham mais estímulo para participar, pois se sentirão mais competitivos.

3. EX-BLOG: E para governador?
CM: Depende da decisão de Romário. Pesquisas desde 2017 mostram que ele está no patamar dos 20%. A rádio corredor do parlamento afirma que ele desistirá e não será candidato. Com ele, o não-voto (brancos, nulos e abstenção) está na casa dos 50%. Sem ele é superior aos 65%.

4. EX-BLOG: E os demais?
CM: Curiosamente, nada muda sem Romário, o não-voto é que cresce muito. Os demais apenas deslizam sobre as intenções de voto com Romário.

5. EX-BLOG: E quem são eles?
CM: Para se afirmar com precisão há que se esperar abril, após o mês de março, das “janelas”. Os candidatos que tiveram origem no PFL flutuam de 6% a 9%. Bernardinho surpreende, pois não chega aos 4%. Da mesma forma, Tarcísio Mota, do PSOL, que se imaginava um patamar de lançamento maior, depois de suas votações em 2014 para governador e 2016 para vereador, mas ainda fica abaixo de Bernardinho.

6. EX-BLOG: Então se pode afirmar que esse bloco pode repetir a divisão do bolo de 2016 para prefeito, prejudicando todos e tornando a eleição uma loteria com diferenças mínimas entre eles?
CM: Com os dados de hoje, sim, agravado pela mesma referência de classe média e concentração na capital.

7. EX-BLOG: E nas eleições para deputados estaduais e federais?
CM: A nova ALERJ tende a ser horizontal, o que suavizaria a relação entre o executivo e o legislativo. No caso dos deputados federais, mesmo com os espaços abertos pelas ausências de Bolsonaro, Chico Alencar e Eduardo Cunha -por razões diversas- hoje se estima um quadro político-ideológico que não será muito diferente de 2014.

8. EX-BLOG: Como impactam as novas regras do jogo?
CM: Se tomarmos como referência as eleições de 2016 nas maiores cidades, elas fortalecem os candidatos se opinião pública e com concentração (e não pulverização) distrital. A proibição de doações empresariais reforçará essas tendências.

9. EX-BLOG: E o Fundo Eleitoral?
CM: Obviamente os partidos reforçarão o suporte a seus candidatos mais competitivos para sobreviverem a partir de 2019.

10. EX-BLOG: E a importância das Redes Sociais?
CM: Tem aumentado, mas a pulverização das mesmas não desequilibrará a importância maior da TV numa eleição com menos dias de campanha aberta e com menos recursos.

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