Check-up da fertilidade: quatro exames essenciais para quem está planejando ser mãe

Para muitas mulheres, entender como está a própria fertilidade é um passo decisivo — especialmente diante da tendência crescente de adiar a maternidade.

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Imagem meramente ilustrativa;/ Reprodução

Planejar uma gravidez vai muito além de escolher o melhor momento para ter um filho. Para muitas mulheres, entender como está a própria fertilidade é um passo decisivo — especialmente diante da tendência crescente de adiar a maternidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), cerca de 30% das mulheres brasileiras que buscam tratamento de fertilidade têm mais de 35 anos — faixa etária em que a reserva ovariana e a qualidade dos óvulos sofrem uma queda significativa e mais acelerada. 

Diante desse cenário, cresce a procura por check-ups de fertilidade, que envolvem exames específicos para avaliar a saúde reprodutiva. 

Para o Dr. Gustavo Guida, médico geneticista do laboratório Sérgio Franco, a gravidez deve ser encarada como uma jornada, e não como um momento pontual. A preparação que começa antes mesmo da fecundação é fundamental para aumentar as chances de sucesso ao final dessa vivência única. 

“A atualização do calendário vacinal e a investigação de condições comuns, como diabetes e hipertensão, associadas à pré-eclâmpsia, prematuridade e outras complicações gestacionais, podem ser feitas já no início do processo. Já os exames de imagem para avaliação da cavidade uterina e das trompas, como a videohisteroscopia ou a histerossalpingografia, permitem resolver problemas, como sinéquias, pequenos miomas e obstrução tubária. No diagnóstico de endometriose, a ressonância magnética pode ser decisiva para uma avaliação mais precisa. Além disso, é fundamental que a paciente adote medidas de estilo de vida saudável, com prática de atividade física e alimentação equilibrada, o que trará benefícios que vão além da gestação futura”, afirma o médico. 

O especialista acrescenta que, dependendo da idade da paciente e do histórico hormonal e menstrual, exames específicos para avaliação da reserva ovariana, como a dosagem do hormônio antimulleriano ou a ultrassonografia seriada, podem contribuir na decisão entre tentar a gestação natural ou recorrer à reprodução assistida. 

Natália Gonçalves, gerente de Reprodução Humana, Pesquisa e Desenvolvimento da Dasa Genômica, ressalta que o congelamento de óvulos é uma das melhores alternativas para a mulher que deseja decidir, com mais liberdade, o momento certo para engravidar. 

“Trata-se de uma ferramenta importante dentro do contexto de preservação da fertilidade. Por outro lado, também acompanhamos pacientes que já enfrentam a infertilidade, as chamadas tentantes, e que estão em tratamento com fertilização in vitro (FIV)”, explica Natália. 

Segundo a Dra. Andrea Sales, ginecologista do Delboni e do Salomão Zoppi, o ideal é que a avaliação da fertilidade comece com uma rotina ginecológica completa.  

“Exames como papanicolau, ultrassom transvaginal e de mamas ajudam a identificar condições que podem dificultar a gestação. Além disso, é fundamental realizar exames de sangue e sorologias para infecções como HIV, sífilis e rubéola, que podem causar sérios problemas ao feto. Esse cuidado prévio é essencial para garantir uma gestação mais segura e saudável”, afirma. 

Confira abaixo os quatro exames indicados no check-up de fertilidade:

  • Hormônio Antimulleriano (AMH) – Mede a reserva ovariana da paciente, sendo um dos principais indicadores da fertilidade feminina. 
  • Cariótipo – Exame genético analisa os cromossomos da pessoa para detectar alterações em número ou estrutura. Pode identificar, por exemplo, translocações associadas a maior risco de aborto espontâneo. 
  • Teste Genético Pré-implantacional (PGT) – Realizado em embriões gerados por FIV antes da transferência para o útero, com o objetivo de identificar alterações genéticas ou cromossômicas. 
  • PGT-A (Preimplantation Genetic Testing for Aneuploidies) – Subtipo do teste pré-implantacional, avalia os embriões para identificar alterações no número de cromossomos (aneuploidias), evitando a transferência de embriões inviáveis, reduzindo o desgaste de uma transferência frustrada, e reduzindo custos do processo.  

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