Cinemas correm contra o tempo para Prefeitura do Rio aprovar reabertura no dia 27

Espaços estão fechados há quase seis meses e devem retornar com ás atividades no fim do mês

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Foto meramente ilustrativa | Sala de cinema no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/Internet

Os cinemas do Rio estão se mobilizando para a criação de protocolos de segurança visando a reabertura do setor, prevista para o próximo dia 27 de agosto. O adiamento por (pelo menos) 15 dias da reabertura dos espaços culturais da cidade do Rio, fechados pela pandemia do Coronavírus, frustrou os planos da categoria, que estão há quase seis meses com faturamento zero. No caso dos teatros, casas de show e centros culturais, a intenção é voltar no mês de setembro.

“É difícil entender por que um cinema, onde a entrada e a permanência do público é totalmente monitorada, terá de ficar mais duas semanas fechado, enquanto bares, restaurantes, igrejas e atrações turísticas podem funcionar, mesmo sem ter esse controle — compara o presidente do Sindicato dos Exibidores do Rio de Janeiro, Gilberto Leal.

Queremos este voto de confiança da Prefeitura. Os cinemas podem servir de modelo para outras atividades“, completa.

Redes como Cinemark e Kinoplex e grupos como o Estação seguiriam a previsão do Sindicato de reabertura no fim do mês. O atraso afeta também os distribuidores, que se planejam de acordo com a volta das atividades dos estúdios no exterior.

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Em nota, a Secretaria Estadual de Cultura disse estar seguindo à risca o decreto estabelecido no Diário Oficial que amplia até o dia 20/08 a suspensão de atividades com presença de público no RJ. Já a Secretaria Municipal de Cultura, por sua vez, afirmou que, com o início da 6ª fase da flexibilização das medidas restritivas na capital fluminense, atividades em locais como cinemas, teatros, lonas e aquários estarão liberadas.

Segundo a médica Raquel Stucchi, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia, ainda não é o momento para se pensar na retomada desse tipo de atividades.

”Pensar em abrir cinemas e teatros, em um ambiente fechado, é algo que me parece de muito risco. São locais sem ventilação natural, o que me traz muita preocupação. A chance de transmissão ou surtos de transmissão em pessoas que frequentarem esses espaços é muito grande”, diz a especialista.

Leal, do sindicato dos exibidores, ainda aguarda uma reunião com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) para apresentar os protocolos adotados, como a marcação automática com distanciamento entre poltronas e a organização de entrada e saída das sessões. Em nota, a SMC informou que vem realizando reuniões com diversos setores, inclusive com os profissionais do cinema, para discutir o retorno das atividades culturais. A Vigilância Sanitária lembrou que a decisão de prorrogar a Fase 5 foi tomada pelo comitê científico, e que novas liberações serão divulgadas assim que forem definidas.


Está programada nacionalmente a campanha Juntos Pelo Cinema, para conscientizar o público de que todos os cuidados anti-Covid estão sendo tomados (leia no fim da matéria). Como parte da iniciativa, nas duas semanas pós-reabertura, salas seriam ocupadas pelo festival De Volta Para o Cinema, com uma programação de 26 clássicos como “De volta para o futuro” e “Matrix”. O festival terá início em 3 de setembro nas regiões autorizadas para abertura das salas.

Os exibidores do Rio também contam com a experiência em outros mercados no Brasil e no exterior para convencer as autoridades sobre a segurança da operação. Segundo dados da Gower Street Analytics, publicados pela “Variety”, 48% das salas do mundo já estão em atividade. Por aqui, o setor cita o exemplo da Playarte em Manaus, que já iniciou a operação desde quinta-feira passada.





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