Comércio gastou este ano quase R$ 1 bilhão em segurança

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Com o aumento da violência, o comércio varejista carioca gastou R$ 900 milhões com segurança de janeiro a junho desse ano, quase 20% a mais do que no mesmo período de 2017. O investimento foi com a contratação de vigilantes, equipamentos eletrônicos, grades, blindagens de portas, reforço de vitrines e seguro. O número é da pesquisa “Gastos com segurança em estabelecimentos comerciais” do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que ouviu 750 lojistas. A pesquisa mostra também que dos entrevistados 180 já tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados, cerca de 15% mais do que no mesmo período do ano passado.

Do total dos gastos, R$ 610 milhões foram com segurança privada e vigilantes, R$ 250 milhões com equipamentos de vigilância eletrônica e R$ 40 milhões com gradeamento, blindagens, reforços de portas, de vitrines e com seguros.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, é como se fosse mais um tributo pago pelos lojistas, já massacrados pelo peso da burocracia e da alta carga tributária. “A violência urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando bastante o comércio, já afetado pelo quadro econômico do país e, em especial pela crise do Estado do Rio, que tem influido profundamente no comportamento do consumidor, que por um lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz seus gastos, entre eles as compras”, diz.



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Ainda de acordo com o presidente do CDLRio “não é sem razão que entre janeiro/dezembro de 2017, foram fechados 9.121 estabelecimentos, um aumento de 31,7% em comparação com o mesmo período de 2016. Em todo o Estado do Rio de Janeiro, também de janeiro/dezembro, foram extintas 21.139, um aumento de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mês de dezembro, em todo o Estado, fecharam 2.491, um aumento de 43,2% em relação a dezembro de 2016. Na Cidade do Rio de Janeiro, do total de 1.084 estabelecimentos comerciais que encerram as suas atividades em dezembro, 159 foram no Centro, 385 na Zona Norte, 366 na Zona Oeste e 174 na Zona Sul. Entre janeiro/dezembro de 2017 os números foram os seguintes: 3.408 na Zona Norte, 2.912 na Zona Oeste, 1.459 na Zona Sul e 1.342 no Centro”.

Ele ressalta que esse quase R$1 bilhão gasto com segurança poderia ter sido investido na ampliação do negócios, como novas lojas, reformas, treinamento de pessoal, gerando mais emprego e renda. “Estamos conscientes de que a reversão da violência implica no estabelecimento de um pacto entre o Estado e a sociedade organizada, pois é consenso que o poder público não pode sozinho resolver o problema. Esta é uma tarefa que todos nós devemos estar comprometidos: autoridades e as lideranças das instituições representativas”, conclui Aldo Gonçalves.

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