A Comissão Especial do Esporte de Alto Rendimento dá início aos trabalhos nesta segunda-feira (29/04) ouvindo os presidentes dos quatro grandes clubes do Rio: Rodolfo Landim (Flamengo), Alexandre Campelo (Vasco), Pedro Abad (Fluminense) e Nelson Mufarrej (Botafogo). Também foram convocados para depor nesta segunda-feira o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, e o presidente do consórcio que administrou o Maracanã, Mauro Darzé.
O governo do Estado, também foi convidado e será representado pelo secretário de Governança, José Luis Zamith.
Na pauta principal dos depoimentos, a organização confusa e deficitária do campeonato estadual: portões fechados na decisão da Taça Guanabara, confusões com arbitragem, quebra do VAR em pleno andamento do primeiro jogo da final entre Flamengo x Vasco e o prejuízo sofrido pelos clubes neste jogo. Conforme foi noticiado, Flamengo e Vasco dividiram um prejuízo de R$ 330 mil por causa da insistência do segundo clube em exercer seu mando no Estádio Nilton Santos (Engenhão). O público abaixo do esperado, de 9.976 pagantes, gerou uma renda de apenas R$ 521.920,00, insuficientes para os custos do estádio e da realização do evento.
– Apesar do futebol e demais esportes de alto rendimento serem atividades privadas do ponto de vista econômico, há alguns pontos a serem considerados pelo gestor público – explica o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), presidente da Comissão. – Há participação do poder público, como na área de Segurança, de trânsito, há evidentemente a questão fiscal, na qual queremos apurar sonegação, e há, com certeza, uma necessidade de melhor gestão do futebol pois se trata de fator de inclusão social, que gera empregos e perspectivas de carreira. Não podemos ficar omissos a tanta desordem.
A audiência da Comissão Especial do Esporte de Alto Rendimento começa às 10h, na sala 311 do Palácio Tiradentes, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.