Comissão de Ética da Câmara do Rio se reúne para tratar das denúncias feitas contra o vereador Gabriel Monteiro

Reportagem do Fantástico mostrou denúncias de assédio moral e sexual. Vereador se defende e diz que acusações são falsas

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Gabriel Monteiro discursando na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Foto: Renan Olaz/CMRJ

Nesta terça-feira (29/03), às 15h, a Comissão de Ética e Decoro da Câmara Municipal do Rio fará uma reunião para tratar das denúncias apontadas pela reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibida no último domingo (27/03).

Gabriel Monteiro (sem partido) foi acusado de assédio moral e sexual por cinco pessoas. Entre elas há servidores, ex-funcionários e uma mulher que teve relações sexuais com o ex-PM.

A reportagem do Fantástico, além destas acusações, também mostra que Gabriel forjou cenas de seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajuda a uma criança carente, expôs seus funcionários a outros tipos de assédio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara Municipal.

Luiza Batista, que foi assistente de produção de Gabriel, é uma das pessoas que o acusa de assédio sexual. Ela trabalhava para os canais do vereador na internet, e relatou ao repórter Pedro Figueiredo que algumas situações inconvenientes estão registradas nos vídeos que ela ajudava a gravar.

“Ele me abraçava assim por trás, ‘te amo’ e não sei o que, ‘você é minha amiga’. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança”, relata. “Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber.”

O repórter perguntou se ela era tocada por Gabriel sem autorização, e Luiza confirmou.

Dá pra ver que ele chegava a passar (a mão). Eu falava: Gabriel, não gosto de gravar esses vídeos, você sabe. E toda vez ele ficava descendo a mão. Cansou de passar a mão na minha bunda. E eu segurando a mão dele. Pedindo e pedindo”, conta.

Após sete meses de trabalho para o vereador, ela acabou procurando um psiquiatra.

Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a deus para me levar.”

Outra mulher, que não quis revelar sua identidade, afirma que consentiu o início das relações sexual com Gabriel Monteiro. No meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.

Em suas redes sociais, o vereador afirmou que a reportagem do Fantástico mentiu sobre as acusações:

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Comissão de Ética da Câmara do Rio se reúne para tratar das denúncias feitas contra o vereador Gabriel Monteiro

1 COMENTÁRIO

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui