Comunidade judaica do Rio presta homenagem às vítimas do Holocausto em evento no Palácio da Cidade

Cerimônia marca os 80 anos da libertação de Auschwitz e reforça a luta contra o ódio e a intolerância

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Prof.a Dr.a Sofia Débora Levy com os sobreviventes Jorge Tredler, Helga Katz, Rolande Fichberg, Rabino Eliezer Stauber , Dra. Judy Botler com sua mãe e sobrevivente Ellen Rahel Botler , e sentada à frente a sobrevivente Fela Taublib no acendimento de uma das velas em memória das vítimas do Holocausto

Neste domingo (26), o Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, foi palco de uma emocionante homenagem às vítimas do Holocausto. A cerimônia reuniu sobreviventes e seus descendentes, autoridades políticas, líderes religiosos e representantes da sociedade civil para lembrar os horrores do regime nazista e os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

O evento, realizado sob o tema “80 anos depois: Memória, Resistência e Esperança”, foi fruto de uma parceria entre o vereador Flávio Valle, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), a Prefeitura do Rio e a Confederação Israelita do Brasil (Conib). Amanhã, 27 de janeiro, o mundo celebra o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído pela ONU em 2005, através da Resolução 60/7.

Compromisso com a memória e a resistência

Durante a cerimônia, o presidente da FIERJ, Bruno Feigelson, destacou a importância de lembrar o Holocausto para evitar a repetição dos erros do passado. “Hoje, com profunda emoção e respeito, prestamos homenagens e refletimos sobre os horrores do passado, reafirmando nosso compromisso contra o ódio e a intolerância”, declarou.

O vereador Flávio Valle reforçou a necessidade de combater o antissemitismo de forma contínua. “O combate ao antissemitismo não é apenas uma questão de memória histórica, mas uma necessidade urgente da atualidade. No parlamento, seguirei promovendo iniciativas legislativas que garantam a segurança da comunidade judaica, a educação sobre o Holocausto e a defesa dos direitos humanos”, afirmou.

Valle também apresentou dados levantados por seu gabinete que apontam o impacto econômico do antissemitismo no turismo brasileiro. Segundo ele, em 2024, cerca de 11,9 mil turistas israelenses visitaram o Brasil, gerando um impacto econômico de aproximadamente R$ 54,5 milhões. “Um país plural como o Brasil não pode perder essa contribuição por conta de atitudes antissemitas. Seguiremos trabalhando para combater o ódio e preservar nossa diversidade”, finalizou.

O simbolismo das sete velas

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Acendimento de velas: Secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, vereadores Marcos Dias e Flávio Valle / Divulgação FIERJ;

Um dos momentos mais marcantes da cerimônia foi o acendimento de sete velas, cada uma com um significado especial:

  1. Homenagem aos sobreviventes presentes;
  2. Representação das minorias e do compromisso contra o ódio e a intolerância;
  3. Em memória das crianças assassinadas;
  4. Honra aos resistentes e heróis do Holocausto;
  5. Valorização da educação para a transmissão da memória às novas gerações;
  6. Reconhecimento daqueles que reconstruíram suas vidas e lutam contra o antissemitismo;
  7. Tributo às vítimas do massacre de 7 de outubro, em memória de crianças, mulheres e famílias assassinadas.

O ato foi acompanhado pela execução dos hinos do Brasil e de Israel, interpretados pelo artista judeu Dani Flomin.

Reflexão histórica e combate à intolerância

A cerimônia também destacou a importância de combater todas as formas de intolerância religiosa. Suzana Bennesby, vice-presidente da FIERJ, lembrou que o evento foi realizado na semana do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro. “A intolerância religiosa é um mal que todos devemos combater. O acendimento das velas simboliza essa luta, além das homenagens às vítimas do Holocausto”, enfatizou.

O Holocausto e a libertação de Auschwitz

O evento relembrou a libertação de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945, que marcou o fim de um dos capítulos mais sombrios da história. Durante a Segunda Guerra Mundial, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas foram assassinadas em Auschwitz, um dos maiores campos de extermínio nazista. A comunidade judaica segue na luta ativa contra o antissemitismo e discursos que tentem minimizar ou banalizar os horrores daquele período.

“Quanto mais ameaçados de perder a guerra, os nazistas aceleravam as execuções de judeus. Por isso, é essencial que nunca deixemos de lembrar o que aconteceu, para que a história não se repita”, concluiu Bruno Feigelson.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Am Yisrael Chai!

    E os “palestinos”? Danem-se os “palestinos”! Se eles não queriam guerra, que não cometessem as atrocidades que cometeram em 07/10/23 e continuam cometendo. Nenhum “palestino” presta, todos são terroristas lá. Eles apoiam o Hamas e outras organizações terroristas, amam o nazismo. Os “palestinos” são os invasores.

  2. Sofreram? Sofreram, mas Israel está fazendo o holocausto com os Palestinos. Estão tão cruéis quanto foi Hitler. Deveriam pedir para os Judeus de Israel pararem com o sofrimento que os inocentes da Faixa de Gaza estão passando, mulheres, homens jovens, idosos e crianças sendo mortas inocentemente. Aceitem o Cristianismo e vivam em PAZ. Porque Jesus é o Caminho, Verdade e Vida.

  3. Deviam refletir sobre o que o Estado de Israel está fazendo com os palestinos, instrumentalizando o Holocausto e o usando como blindagem. O “Nunca mais” é para todos os povos, é este o seu sentido.

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