Concessão muda e Santos Dumont terá ‘bloco’ exclusivo para sua privatização

Inicialmente, modelo de concessão do Santos Dumont previa que o mesmo fosse privatizado junto a três aeroportos de Minas Gerais, mas o Governo Federal desistiu da ideia

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Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio - Foto: Reprodução

A novela envolvendo o leilão do Aeroporto Santos Dumont sem que haja prejuízo econômico para o Rio de Janeiro, tanto em relação ao referido terminal quanto ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão) ganhou mais um capítulo. Desta vez positivo para o estado.

Isso porque, de acordo com informações obtidas com exclusividade pelo DIÁRIO DO RIO, o governador Cláudio Castro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, chegaram a um acordo para a retirada dos aeroportos do interior de Minas Gerais que participariam do edital de concessão do Santos Dumont e causariam oneração à operação. Com isso, o Santos Dumont ganha um bloco único e exclusivo para sua privatização.

Paralelamente, o Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e o Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo, seguirão para um bloco próprio de concessão, voltado à aviação executiva, sem estarem atrelados ao Santos Dumont.

Vale ressaltar que o principal objetivo do Governo do RJ é reativar o Galeão como hub internacional de passageiros. Com isso, o Santos Dumont não poderia concorrer com ele, fazendo com que viagens para o exterior só possam ser realizadas no Tom Jobim e voos domésticos para hubs importantes como Brasília e Salvador só aconteçam também no referido terminal.

Ademais, o Santos Dumont teria como foco principal a famosa ponte aérea Rio-SP, uma das mais movimentadas do país, e só poderia receber cerca de 7 milhões de passageiros anualmente.

Para Luis Leão, presidente do grupo Coalizão Rio, a mudança na forma de concessão do Santos Dumont é um ”marco histórico”. ”Estamos fazendo história ao estimular o diálogo entre tantos líderes dos setores produtivo e público determinados a transformar o Rio no melhor ambiente de negócios do mundo. Muito positivo esse avanço”, diz.

Ele complementa ainda destacando o fato do Rio de Janeiro ser um grande polo turístico nacional. ”O governador Cláudio Castro reiterou que o Rio e o Galeão são as entradas naturais de turistas para o Brasil. Muito bem colocado! Parabéns ao governador, secretários, senador Carlos Portinho e todas as lideranças dos grupos formados por empresários apaixonados pelo Rio”, concluiu.

Como era a concessão

Inicialmente, o modelo de concessão do Santos Dumont previa que o mesmo fosse privatizado junto a um bloco formado com outros 3 aeroportos, todos de MG, mas o Governo Federal, em acordo com o Poder Executivo do RJ, voltou atrás nessa decisão e leiloará o terminal carioca de maneira isolada.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Para integrar e aproximar o Galeão da Cidade, basta criar uma nova frente na Linha Vermelha. Na altura da praia de Ramos poderia sair embarcações, ônibus, Metrô e Trens vindos do Caju, Caxias ou Parada de Lucas. Tudo perto da da Brasil e trevos rodoviários.

  2. Não se iludam, pois há diversas variáveis, cenários e conjunturas nessa transação. Ademais, nada impede que um grupo adquira a concessão solo do Santos Dumont e depois adquira outros aeroportos, esses das Minas Gerais por exemplo, em outra licitação. Portanto, meus caros, vamos observando no que dará esse folhetim aeroportuário. Agora, essa piada de que o RJ será o maior ambiente de negócios do Brasil foi a melhor do ano até aqui. Ahahahah…

  3. É a oportunidade de ouro para a Changi buscar parceiros, vencer o leilão e transformar o Rio de Janeiro na maior porta de entrada aérea da América do Sul.

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