Condomínio de Madureira discute ‘taxa de segurança’ para traficantes da Serrinha; proposta parte do próprio síndico

A taxa seria de R$ 1.800 mensais. No ofício, o síndico afirma que o pagamento evitaria assaltos e invasões por traficantes

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp e e-mail
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio abriu investigação para apurar a denúncia de que moradores de um condomínio em Madureira estão sendo coagidos por traficantes a pagar uma taxa mensal de R$ 1.800. Os criminosos seriam ligados à facção Terceiro Comando Puro (TCP), que domina a comunidade São José, parte do Complexo da Serrinha.

O caso veio à tona após o síndico do prédio convocar uma assembleia geral extraordinária, marcada para a próxima terça-feira (13/05), com o objetivo de discutir a aprovação formal do pagamento da quantia exigida pelo grupo criminoso. No ofício distribuído aos condôminos, o gestor afirma que a cobrança seria uma forma de evitar assaltos e invasões, como os que teriam ocorrido em prédios vizinhos que recusaram o pagamento.

A investigação ficará a cargo da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais). Um inquérito será instaurado, e o síndico deverá ser chamado para prestar depoimento nos próximos dias. Por motivos de segurança, o nome do gestor não foi divulgado.

A prática de extorsão em comunidades dominadas por facções criminosas não é nova no Rio. Em 2020, traficantes da própria Serrinha passaram a cobrar até R$ 4.000 por mês de comerciantes locais, prática antes associada às milícias. Segundo investigações da Draco, os líderes do tráfico na região — Wallace Brito Trindade, o Lacoste, e seu aliado William Yvens da Silva, o Coelhão — comandam um esquema estruturado de extorsão contra empresas, lojas e até moradores.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp e e-mail
diario do rio whatsapp Condomínio de Madureira discute ‘taxa de segurança’ para traficantes da Serrinha; proposta parte do próprio síndicoddr newsletter Condomínio de Madureira discute ‘taxa de segurança’ para traficantes da Serrinha; proposta parte do próprio síndico

3 COMENTÁRIOS

  1. Tem que mandar a conta para o Victor César, secretário de segurança do Cláudio Castro e para o comandante Marcelo de Menezes, chefe da polícia. Eles que paguem. Isso é resultado da incompetência deles.

    E os militares que fizeram uma intervenção na cidade ao custo de 1 BILHÃO têm que devolver esse dinheiro para o estado para ser usado em política pública de segurança eficiente pq estamos nessa situação hoje após eles tomarem conta do RJ, sem contar a ocupação no governo federal desde 2016.

    • A conta tem que ir para o Faquin que proibiu operações policiais desde a pandemia, fortalecendo o crime organizado. Se antes estava ruim, ficou muito pior depois dessa decisão. Agora que a decisão foi revogada, vamos ver como é que fica.

  2. Já que tem que pegar, paguem à uma empresa de segurança armada para trabalhar no condomínio! E se os vagabundos tentarem, dêem ordem de abrir fogo pra matar! Aposto que isso acaba no dia seguinte!

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui