Confeitaria Manon ganha movimento após aparecer em cenas de “Ainda Estou Aqui”

Tradicional Confeitaria Manon, na Rua do Ouvidor, Centro do Rio, vê crescimento de mais de 20% no faturamento após aparecer em cenas do filme brasileiro "Ainda Estou Aqui", indicado ao Oscar.

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Confeitaria Manon, no Centro do Rio - Foto: Reprodução

Apesar das dificuldades enfrentadas durante a pandemia, a tradicional Confeitaria Manon, na Rua do Ouvidor, Centro do Rio, se recuperou e voltou a ser destaque, impulsionada pela aparição em duas breves cenas do filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, indicado ao Oscar”. Com isso, o local vive um aumento de mais de 20% no faturamento em relação ao mês anterior, atraindo visitantes brasileiros e estrangeiros interessados em conhecer os cenários da produção cinematográfica. As informações são da Agenda do Poder.

O movimento intenso é confirmado pelo comerciante Davi Soares, cliente habitual da Manon. “Nossa paz acabou”, brinca ele, que diariamente almoça com o amigo Marcos Vieira na mesma mesa onde o personagem Rubens Paiva foi filmado. “Por acaso acabamos fazendo desta nossa mesa oficial. Mas hoje é dose. Tem sempre alguém pedindo licença pra fazer uma foto com as colunas do salão ou com as imagens do Rio pintadas nas paredes”, relata Davi.

Para ele, o sucesso recente da confeitaria evidencia o potencial do Centro do Rio, ainda pouco explorado. “Não só eu, como muitos comerciantes têm interesse em abrir nos fins de semana. Mas, para você ter uma ideia, o equipamento mais atraente aqui do nosso entorno, o Real Gabinete Português de Leitura, não abre nos fins de semana. Em dias normais, tem filas enormes na porta”, destaca o comerciante.

Mais de quatro mil doces por dia

Fabiula González López, sócia e filha de um dos fundadores da Manon, ainda não conseguiu assistir ao filme, mas sente diariamente os efeitos positivos da produção. Ela conta que, após o sucesso do longa, o faturamento subiu entre 20% e 25% no último mês. “Vou te dar um número que expressa esse crescimento: o Madrilenho sempre vendeu bem. Mas depois do zuzumzum do filme, estamos vendendo mais de quatro mil unidades por dia. Nunca vi isso”, comemora Fabiula, referindo-se ao principal doce da casa, um pão doce com creme, açúcar de confeiteiro e goiabada.

A Confeitaria Manon, tombada pela Prefeitura do Rio desde 1993, preserva a arquitetura Art-Déco, com a decoração interna no chamado “estilo moderno” dos anos 40 e 50. O espaço já havia sido cenário dos filmes “A Vida Invisível” (2019) e “Dercy de Verdade” (2012).

O estudante de Direito Maicon Toledo, vindo de Santa Catarina, é um dos turistas atraídos pela fama do local. “Eu já conhecia o Madrilenho porque venho muito ao Rio no Carnaval. Decidi levar meus amigos para conhecer as locações após assistirmos ao filme. É como visitar certos lugares na Europa, por exemplo. A existência de um determinado lugar é um resgate de memória”, afirma ele.

Luta pela sobrevivência

Apesar do atual sucesso, a confeitaria, como outros estabelecimentos comerciais do gênero passou por dificuldades, que somadas a outros percalços retardaram a sua recuperação plena. Aos poucos, a Confeitaria Manon recuperou o seu antigo brilho e, agora, atrai frequentadores de todo o Brasil e do exterior.

Durante a visita da Agenda do Poder, um grupo de turistas italianos chegou ao local. O guia turístico italiano radicado no Rio, Luca Parisi, aproveita o sucesso do filme para incrementar os passeios. “Nos passeios pelo Centro, eu sempre incluo um lanche na Manon e só na hora aviso: vocês estão comendo num restaurante que aparece entre os candidatos ao Oscar. Eles acham o máximo”, conta ele.

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