Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (26/04), os membros do Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores decidiram, por unanimidade, pela cassação do mandato do Dr. Jairinho (sem partido), preso acusado de torturar e matar o seu enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos.
Os membros do Conselho tiveram acesso e puderam examinar por 48 horas os autos do inquérito policial. A avaliação predominante é a de que o decoro parlamentar foi quebrado, inclusive, por abuso de poder e tráfico de influência.
A representação, feita com base no inquérito policial, será encaminhada à Mesa Diretora, que terá três dias para analisar e encaminhar à Comissão de Justiça e Representação.
Após isso, a representação volta ao Conselho para o sorteio do relator, que terá prazo de trinta dias para ouvir o vereador e as testemunhas. Depois o caso segue a Plenário.
“Nós analisamos os autos e chegamos a uma conclusão de forma unânime de que o conselho deve representar contra o vereador, obviamente respeitando todos os ritos, a ampla defesa ao contraditório”, disse o vereador Luiz Ramos Filho, que tomou posse no Conselho no lugar deixado por Jairinho.
O vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa e Silva, foram presos em suspeita pelo envolvimento na morte da criança e serão indiciados por tortura e homicídio qualificado. Os dois foram presos em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca). Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso.