A Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro e a Subprefeitura da Zona Oeste realizaram, na manhã desta quinta-feira (30/06), uma operação de demolição de construção irregular na Rua Açu, em cima do Rio Piraquara, na localidade do Barata, em Realengo.
O espaço foi erguido como uma extensão da casa e funcionava como uma área gourmet. A responsável pela imóvel recebeu duas notificações da Prefeitura determinando a desocupação e comunicando a necessidade da demolição, a fim de garantir a segurança dos ocupantes e das casas vizinhas. Além de ser irregular, a construção estava impedindo a passagem das máquinas que fazem a limpeza e o desassoreamento do rio.
”Estamos fazendo diariamente operações para combater construções irregulares. Essa, por exemplo, foi erguida em cima de um rio, em uma área totalmente inadequada, impedindo inclusive a passagem de máquinas que fazem a limpeza do rio, ou seja, em caso de chuva podendo provocar desastres. Seguiremos fazendo essas ações para impedir o crescimento desordenado da cidade, trazer ordem pública e para preservar a vida das pessoas”, destaca o secretário Brenno Carnevale
Vale ressaltar que o trabalho de demolição foi realizado manualmente a fim de não abalar a estrutura das casas no entorno e para que a quantidade de resíduos não cause o represamento do Rio Piraquara. Todo o entulho gerado na demolição também será retirado de maneira manual por agentes da Prefeitura.
”As pessoas precisam entender que construir assim, sem um aval técnico e sem a autorização da prefeitura, é muito arriscado. Elas estão colocando em risco a si próprias, as suas famílias e os seus vizinhos. No caso aqui de Realengo, a estrutura estava impedindo a limpeza e o desassoreamento dessa parte do Rio Piraquara. Nas últimas chuvas fortes que caíram na região, o rio transbordou e alagou as casas dos moradores. No final das contas, todos pagam pela inconsequência de alguns. Construir em logradouros públicos e em áreas de preservação ambiental é proibido. Não dá para construir ilegalmente e achar que tá tudo certo. Seguiremos apurando as denúncias e combatendo essas irregularidades na nossa região”, afirma, por sua vez, o subprefeito Diogo Borba.
É importante mencionar também que tanto a Defesa Civil quanto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) já haviam embargado a construção, pois, além de provocar alagamentos na região, a mesma corria sério risco de desabamento em caso de chuvas mais intensas.
”Fiquei impressionado com a situação. As estruturas desse ‘puxadinho’ da casa estão dentro do rio, colocando em enorme risco os moradores”, diz o coordenador-geral de Defesa Ambiental da Prefeitura, José Maurício Padrone.
Próximo ao local da construção, às margens do canal, foi localizado um muro com cerca de 20 metros de comprimento em condições precárias que apresentava risco de desabamento, sendo sustentado apenas por uma corda amarrada a uma casa, aumentando ainda o risco para os ocupantes do imóvel. O paredão também foi demolido.