Coronavírus: na rede pública do RJ, somente 5% da população foi testada

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Foto: Reprodução/TV Globo

O Rio de Janeiro tem, atualmente, cerca de 17,2 milhões de moradores. Desse total, até o momento, apenas 860 mil – isto é, 5% – foram testados pelo Governo do Estado para averiguar a infecção ou não pela Covid-19.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a rede pública fez 813.560 testes no total. Destes, foram 736.960 testes rápidos e somente 76,6 mil testes PCR, considerado por especialistas como o mais eficaz para averiguar a presença do Coronavírus no momento do exame.

Do número total de testes realizados pelo Governo do RJ, 586.960 kits para exames foram distribuídos pelo Ministério da Saúde. Ou seja, não levando em consideração a ajuda federal, o estado comprou, com recursos próprios, apenas 226.600 testes.

No início de abril, Edmar Santos, então secretário de Saúde do RJ, havia anunciado que o estado tinha adquirido 1,2 milhão de kits de testagem rápida. No entanto, o número atual de testes realizados não bate com o anuncio feito pelo ex-chefe da pasta, que, inclusive, está preso devido a suspeitas de irregularidades cometidas durante sua gestão.

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Segundo especialistas, a melhor estratégia para monitorar a evolução da doença e indicar de que forma deve ser realizado o processo de flexibilização das medidas de restrição é a testagem em massa da população.

”Quanto mais a gente testar, melhor vai ser a avaliação, mais informação a gente vai ter, até mesmo para que a gente possa identificar o mais rápido possível os pacientes e isolar os contaminados. Nesse cenário de flexibilização, é fundamental aumentar o número de testes”, disse Gustavo Campana, diretor-médico do Grupo Dasa.

Já para Helio Magarinos Torres Filho, diretor-médico do Laboratório Richet, os exames mais eficientes para identificar a presença ou não do Coronavírus, se comprados em grande quantidade, não custam tão caro. Ainda segundo ele, faltou uma melhor organização por partes dos gestores para uma estratégia de testagem mais ampla.

”Aqui a questão talvez foi de falta de organização. Só 5 meses depois da chegada do vírus é que os laboratórios (da rede pública) conseguiram fazer uma quantidade maior de exames”, disse Helio.

A nível de comparação, o governo alemão chegou a testar aproximadamente 500 mil pessoas nos meses de pico da doença. Mesmo considerando as dimensões de um país como a Alemanha, em comparação com um estado, é possível notar que foram adotadas estratégias diferentes de testagem em massa da população.

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